Implantes ortopédicos, quadris e juntas de joelho, por exemplo, duram aproximadamente 10 anos. Decorrido este tempo, os pacientes precisam sofrer novas cirurgias para a substituição do implante. Com o aumento da expectativa de vida, portanto a perspectiva de população mais envelhecida, é crescente a demanda de próteses, o que tem feito progredir, de modo significativo, a pesquisa sobre ossos artificiais. Uma nova biocerâmica, desenvolvida por cientistas de materiais, na França, é a promessa para estender o tempo de vida dos implantes ósseos para 30 anos. Um time de pesquisadores do Instituto Nacional de Ciências Aplicadas, em Lyon, desenvolveu um processo que combina a alumina (Al₂O₃) e a zircônia (ZrO₂), duas cerâmicas comumente usadas para substituir a cabeça do fêmur, que se assenta na cavidade do quadril. O novo compósito alumina-zirconia apresenta uma significativa melhoria na resistência à propagação das trincas, resultantes de defeitos ou arranhões, e pode suportar uma carga duas vezes maior que as cerâmicas, individualmente. Ainda não é possível chegar-se a um ortopedista e solicitar esta prótese, uma vez que os testes com humanos só começarão a se dar em 2002.

Fonte: MIT Technology Review, 07 march 2001. (tradução livre - OLA)

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