Estima-se que as nanotecnologias podem gerar por volta de um trilhão de dólares, sob a forma de bens e de serviços, daqui a 2015. Em 2002, o governo dos Estados Unidos deseja investir 600 milhões de dólares em pesquisa. Nesse setor, o domínio que deverá apresentar crescimento mais rápido diz respeito aos materiais híbridos, ou seja, a associação de compostos orgânicos e inorgânicos.

Uma equipe de químicos da Universidade do Texas (Austin) acaba de divulgar, na Revista Science, de maio de 2002, os resultados de trabalhos que consistiram em modificar o genoma de um vírus não-infeccioso, a fim de que ele possa ser associado a uma substância utilizada na fabricação de semicondutores.

Em presença de uma solução química e de um campo magnético, as moléculas desse vírus se ligam efetivamente a essa substância e se multiplicam, criando assim uma estrutura tipo cristal líquido longa, de vários centímetros. Essas estruturas poderiam fazer parte integrante de detectores, de telas de cristal líquido ou, ainda, de outros componentes utilizados em microeletrônica.

No segundo semestre de 2002, a totalidade dos pesquisadores da equipe da Universidade de Austin deverá se instalar no Massachusetts Institute of Technology (MIT) a fim de dar prosseguimento a esses trabalhos. Em tal domínio a concorrência é tal, que os centros universitários disputam entre si as melhores equipes.

Wall Street Journal, May 03, 2002. (Tradução/Texto - MIA)

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