Em nível mundial, a tão conhecida banana ocupa um lugar de real destaque, por sua contribuição nutricional: está em 4^o lugar, tendo antes de si os cereais arroz, trigo e milho.

Não obstante sua posição privilegiada, a fruta corre seríssimos riscos pois, num futuro próximo, poderá ser quase que completamente dizimada. Diferentemente de muitíssimas outras frutas, por ser estéril, a banana depende do ser humano para se reproduzir, reprodução que é feita por clonagem vegetal. Não bastasse isto, a banana sofre o ataque de uma série de micoses, particularmente virulentas.

Estes incidentes "naturais" acabaram por provocar, num passado não muito distante, a extinção de variedades inteiras de bananas, que foram desaparecendo do comércio, restando apenas alguma rara produção isolada, para consumo doméstico.

Embora o risco iminente, não há, atualmente, a não ser cinco pesquisadores no mundo especializados na melhoria da resistência ou desenvolvimento de variedades de bananas resistentes, graças às técnicas de engenharia genética, procedimento que não deveria provocar muita agitação da parte dos consumidores, uma vez que o fruto, por definição, é estéril.

Os importadores de bananas, entre eles o americano Chiquita Fruit, no passado, investiram maciçamente - sem sucesso considerável -, em pesquisas visando a encontrar novas variedades de banana. Não desistiram e, já há bastante tempo, vêm concentrando esforços no desenvolvimento de fungicidas. No entanto, segundo os geneticistas, corre-se o risco de não se obter uma resposta eficaz, em virtude do rápido desenvolvimento atual das micoses.

Boston Globe, February 19, 2003. (Tradução/Texto - MIA)

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