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NOVIDADES

Novos e mais eficazes tratamentos quimioterápicos.

A vasta experiência no tratamento quimioterápico de pacientes acometidos por diferentes tipos de câncer levou médicos oncologistas a observar de perto a resistência que células cancerosas desenvolvem ao tratamento. Felizmente, dois professores canadenses, do Departamento de Química da Universidade do Quebec, acabam de fazer uma descoberta promissora, que poderá vir a impedir as células cancerosas de desenvolverem tal resistência.

A glicoproteína P, conhecida como PGP (P-glicoproteína) é uma proteína responsável pela resistência das células cancerígenas ao tratamento feito por meio de agentes químicos. Pesquisas levaram os dois cientistas à descoberta de que o brevifoliol bloqueia a ação da mesma.

A PGP é uma proteína encontrada nas pessoas saudáveis e sua função é essencial para a manutenção da integridade das células. Ela age como uma "bomba", que se fixa na parede celular e aspira as moléculas tóxicas que se encontram no interior da célula para o exterior.

Trata-se, portanto, de um mecanismo natural. Mas, oportunistas, as células cancerosas tiram proveito dela: quando atacadas por agentes quimioterápicos, multiplicam as cópias da PGP, tornando esta proteína tão abundante que os medicamentos não conseguem mais chegar ao centro das células e, antes mesmo de terem agido, são aspirados para o exterior!

E é aí que entra o brevifoliol: bloqueando o mecanismo da bomba, pode melhorar a eficácia dos medicamentos, permitindo que sejam usadas doses menores dos mesmos e auxiliando também na redução dos efeitos colaterais. Além dessas ações, por si só altamente desejáveis, ele pode favorecer uma eliminação mais eficaz das células, diminuindo assim os riscos de reincidência.

Os protocolos terapêuticos utilizados atualmente, ao que tudo indica, não precisarão ser revistos, podendo a nova molécula ser acrescentada ao coquetel de medicamentos que já é administrado aos doentes.

Não obstante os resultados preliminares de testes feitos com as moléculas sobre culturas de células serem altamente encorajadores, ainda não foram feitos com animais. Tão logo isso venha a acontecer e os resultados se mostrarem auspiciosos, com certeza ter-se-á dado um passo gigantesco na direção da cura dessa doença, contra a qual tanto tem lutado a ciência.

UQAM Science Express, March 14, 2005 (Tradução/Texto - MIA).

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