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Medicamentos sob medida ? Um percurso importante já foi feito.

A medicina deve muitíssimo de seus avanços nos últimos anos às pesquisas realizadas em genômica, ramo da genética que se ocupa da descrição e análise dos genomas - "conjunto de códigos herdáveis mantidos em uma estrutura física".

O seqüenciamento do genoma, concluído em 2001, abriu caminho para pesquisas cada vez mais "ousadas", que buscam identificar genes implicados em doenças comuns, dentre elas as que atingem de modo alarmante e crescente o homem moderno, como as doenças cardiovasculares, a obesidade, as doenças neurodegenerativas e os cânceres.

Disposto a encarar esse desafio, um grupo de duzentos pesquisadores, de procedência variada, composto por americanos, japoneses, chineses, canadenses, ingleses e nigerianos reuniram-se num projeto, denominado HapMap, e, após três anos de trabalho estafante, chegaram a um resultado auspicioso: uma carta precisa das variações genéticas humanas!

O resultado das pesquisas foi publicado na revista britânica Nature, e, conforme os biólogos, poderá fazer com que se ganhe não apenas tempo no tratamento dessas doenças, mas, também, muito dinheiro! O seqüenciamento do genoma humano revelou que, em média, duas pessoas são geneticamente semelhantes em cerca de 99,9%.

Trocando em miúdos, isso significa dizer que, dos três bilhões de unidades de base que compõem o DNA - suporte dos genes -, apenas três milhões diferem de um indivíduo a outro. Tais dados imediatamente sugerem que, para a identificação dos genes responsáveis por tal ou tal doença, seria necessário apenas que se percorresse o conjunto do genoma. Ledo engano! Conforme os geneticistas, isso demandaria muitíssimo tempo, daí terem os pesquisadores do grupo HapMap se decidido pela construção de uma carta que descreve as diferenças, e, não, entre cada uma das bases do DNA - as letras A, C, T, G do código genético -, mas, sim, entre seqüências corretamente escolhidas dessas letras, o que os geneticistas chamam de haplotipos, que deu origem ao nome HapMap.

Compostos de vários bilhões de bases, os haplotipos não têm, a priori, relação com os genes, mas facilitam a pesquisa das mutações genéticas. Nigerianos, estadunidenses, chineses e japoneses, num total de 269 pessoas, tiveram seu genoma estudado pelos biólogos, que buscaram definir precisamente o tamanho de cada haplotipos do genoma.

Os dados do HapMap que, em breve, serão de domínio público, permitirão aos pesquisadores encontrar quais haplotipos têm em comum as pessoas atingidas por uma dada doença. O pesquisador do CNRS, Lluis Quintana-Murci, que trabalha em Paris, no Instituto Pasteur, observa que "é preciso agora estudar mais precisamente essas regiões para tentar identificar o gene responsável pela doença".

Nature Genetics, October 30, 2005 (Tradução/Texto - MIA).


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