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Meio ambiente : de olho bem aberto no cromo-VI !

Dias antes da publicação - pela Occupational Safety and Health Agency (OSHA) -, de uma nova norma para o cromo hexavalente (Cr-VI) nos ambientes de trabalho, a ONG Public Citizen e pesquisadores da School of Public Health, da Universidade George Washington (EUA), revelaram que industriais do setor metalúrgico tinham conscientemente ocultado os resultados de um estudo, o qual demonstrava os efeitos cancerígenos de doses fracas de cromo.

Foi por ocasião do fechamento de uma fundação de pesquisa, financiada pela aliança industrial Chromium Coalition, que a Public Citizen teve acesso a um relatório de estudo, finalizado em 2002, demonstrando um aumento de um fator cinco nos riscos de câncer do pulmão, consecutivamente a uma exposição ao Cr-VI, compreendida entre 1,2 e 5,8 mg/m3.

Entretanto, esse estudo, realizado a partir de dados de 4 sítios industriais, 2 nos Estados Unidos e 2 na Alemanha, foi posteriormente dividido em duas partes, permitindo assim aos pesquisadores financiados pela indústria jogar com as estatísticas e tirar conclusões diferentes.




Elemento Cromo

Nos Estados Unidos, o limite de exposição ao Cr-VI era, até o momento, de 52 mg/m3. Datando de 1943, tal limite era fundamentado em estudos sanitários de 1924 e 1928, não levando em conta os riscos de câncer. Em 2004, a OSHA propusera levar a nova norma a 1 mg/m3 (média sobre 8 horas).

Contudo, desde 1993, a Public Citizen e os sindicatos de metalúrgicos reclamavam uma norma de 0,25 mg/m3. Os estudos realizados pela OSHA mostraram que uma norma de 1 mg se traduziu por um excesso de mortes compreendidas entre 2 e 9, por 1000 trabalhadores, em um período de 45 anos, enquanto que uma norma a 5 mg levaria o número de mortes adicionais a um número compreendido entre 10 e 45.

Submetida a fortíssimas pressões industriais, a OSHA adiou a publicação do novo limite de exposição até 28 de fevereiro de 2006, última data imposta pelos tribunais federais. Ele será de 5 mg/m3, seja: 5 vezes mais que o valor proposto em 2004 e 20 vezes mais que o valor reclamado pela Public Citizen (mas 10 vezes menos que a norma atual).

Segundo a OSHA, 380.000 trabalhadores da indústria são expostos às emanações de cromo VI e de seus derivados (somente na França 108.000). Os industriais estimam que o custo induzido pela norma será de 5 bilhões de dólares por ano por micrograma e afirmam que uma regulamentação demasiado rigorosa provocaria o desaparecimento de numerosíssimas pequenas empresas.

Em seu relatório sobre os níveis adequados de qualidade do ar (2000), a OMS estima que, com base nos estudos toxicológicos disponíveis, nenhum nível de segurança seguro pode ser determinado para o cromo VI.

E-newspaper (http://www.citizen.org/pressroom/release.cfm?ID=2142), consultado em 25 de março de 2006 (Tradução - MIA).


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