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A farmacogenômica promete agitar os tratamentos médicos.

Propondo um estudo da interação entre a hereditariedade genética de um indivíduo e a resposta de seu organismo aos medicamentos, a farmacogenômica surge como uma novíssima área da medicina do século XXI. "Dialogando" com a farmacologia clássica e a genômica, chega - entre outras coisas -, para responder a perguntas cruciais, com as quais se defrontam médicos e outros profissionais da saúde: como administrar o bom medicamento, à pessoa certa, no melhor momento. É, como se depreende, a medicina do futuro - próximo -, ao que tudo indica!

Pesquisadores do Instituto de Cardiologia de Montreal (Canadá) vêm realizando pesquisas nessa direção, e, se os resultados forem positivos, essa nova maneira de administrar medicamentos, daqui a três anos, prometem eles, poderá ser usada nos hospitais.





Logo a seguir à descoberta do seqüenciamento do genoma humano, a área da farmacogenômica dá um passo gigante. Pesquisadores do Instituto de Cardiologia de Montreal (Canadá) trabalham num projeto de pesquisa que promete grande repercussão sobre a medicina generalista.

Créditos: Daniel Marchand



O grupo pretende trabalhar com uma amostra grande, avaliando 5.000 pacientes que sofrem os efeitos secundários dos medicamentos que ingerem contra o colesterol. Nathalie Laplante coordena as pesquisas e diz que "o objetivo do grupo é conseguir identificar a base genética de um paciente com um simples exame de sangue e ver qual medicamento reage melhor com seu perfil. Assiste-se, portanto, ao desaparecimento do método de tentativa e erro, que é praticado ainda hoje, para, finalmente, oferecer um medicamento personalizado".

Segundo essa pesquisa, 10% da população sofreria de dores causadas pelo uso de medicamentos contra o colesterol. O diretor do ICM, Jean-Claude Tardif, oferece dados sobre o uso desse tipo de medicamento nos Estados Unidos, informando que, nesse país, os efeitos secundários são a 5ª. causa de hospitalização e a 6ª. de mortalidade. Certos pacientes, diz ele, com a dor, acabam por parar de tomar o medicamento, o que é bastante grave.

Tardif diz ainda que "o anúncio do primeiro esboço da seqüência do genoma humano permitiu que se desse um enorme passo na área da farmacogenômica. Embora os estudos nesse setor estejam ainda no início, a farmacogenômica já se encontra bem instalada para o tratamento do câncer. Não resta senão integrá-la ao tratamento das doenças cardiovasculares".

A pesquisa, embora no início, caminha muito bem. Se os pesquisadores, ao longo de seus estudos, conseguirem um resultado positivo, as repercussões sobre a vida das pessoas e da medicina em geral serão grandes. Tardif sublinha: "Os genes estão menos acostumados à medicação relacionada com a genética, mas o vislumbrar de novos horizontes é mais que animador, e é isso que é importante".

O "pulo do gato" está mesmo aí: além de poder individualizar o tratamento farmacológico, a novíssima área da medicina poderá apontar para o desenvolvimento de novas classes de medicamentos.

Journal Rosemond (Montreal, Canadá), www.journalderosemont.com (Tradução/Texto - MIA).


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