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CO2, em guarda ! Pulmão artificial pode (e deve) capturá-lo em breve.

Tomando como modelo os alvéolos pulmonares, o Professor Hans Fahlenkamp, da Universidade de Dortmund (Alemanha), desenvolveu uma tecnologia que permite capturar o CO2 presente nos gases de combustão das centrais elétricas.

Os fisiologistas estimam que o homem dispõe de aproximadamente 300 milhões de alvéolos em seus pulmões. Estes lhe permitem eliminar diariamente apenas um quilo de dióxido de carbono com um ritmo respiratório, fora do exercício físico, podendo atingir 10 litros de ar trocados por minuto.

O aparelho respiratório está preparado para tudo: as células imunitárias indicam a presença da menor poeira ou o mais fraco sinal de hemorragia. Elas, então, entram rapidamente em ação e asseguram, assim, a perenidade de nossos pulmões, órgão indispensável à nossa sobrevivência.

Foi, portanto, se inspirando nessa tecnologia da natureza, que o Professor Fahlenkamp imaginou pulmões artificiais para tentar responder à questão da captura de CO2.

Os cientistas de Dortmund reivindicam para si terem desenvolvido um dos mais resistentes sistemas de "contactadores" de membranas. Um "contactador" de membrana é uma instalação que coloca em contato direto uma fase gasosa e uma fase líquida, a fim de permitir a transferência de moléculas entre as fases, sem que isto implique na sua mistura.

Do ponto de vista prático, graças à instalação desenvolvida em Dortmund, as fumaças são dirigidas para o interior de múltiplos tubos plásticos microporosos, banhados em um detergente líquido. O CO2 é, então, trocado, através de microporos, entre os gases de combustão e o detergente onde ele está preso. As membranas dos alvéolos pulmonares funcionam do mesmo modo: elas constituem uma barreira microporosa entre o sangue e o ar circulante, permitindo somente a troca de oxigênio e de dióxido de carbono entre as duas fases.

O limite atual de utilização em grande escala desses sistemas de capturadores de CO2 resta, entretanto, dependente da colmatagem (entupimento progressivo dos poros) dos contactadores de membrana. As poeiras, cuja emissão não pode ser totalmente evitada com os eletrofiltros, nas centrais elétricas, estão arriscadas a se misturar igualmente ao detergente, levando, no longo prazo, à formação de "lodo" indesejável.





Colmatagem. Cenário (1): ocorre um bloqueio parcial do poro, pela adsorção de finas partículas em seu interior. Cenário (2): dá-se um bloqueio total do poro, por retenção estérica de uma partícula grande. Cenário (3): tem-se a formação de um depósito de partículas na superfície da membrana. A colmatagem, no interior ou na entrada dos poros, é um fenômeno, a priori, mais rápido do que a colmatagem por formação do depósito, o qual é um fenômeno que ocorre com o passar do tempo.

Créditos: Universidade de Laval, Canadá



Em uma central elétrica moderna, de uma potência nominal de um gigawatt, são emitidos 3 milhões de metros cúbicos de gás de combustão por hora. Se esses fumos contiverem ainda 20 kg de poeiras, o que representa somente um terço do limite autorizado, ao final de 1.000 horas de funcionamento, serão já 20 toneladas de partículas que virão colmatar as membranas.

Ora, do ponto de vista da necessidade de energia, assim como no plano econômico, as centrais elétricas não podem ser paradas e reativadas com muita freqüência para sua manutenção. Assim, progressos são ainda necessários para o desenvolvimento tecnológico da captura de CO2 em escala industrial.

Enerzine, consultado em 08 de agosto de 2007 (Tradução - MIA).


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