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Fibrose cística na mira dos quantum dots (QD).

Há mais de 20 anos físicos e químicos estudam e desenvolvem propriedades e aplicações das ilhas quânticas, quantum dots, em inglês. Tratam-se de aglomerados de algumas centenas a vários milhares de átomos que formam um composto semicondutor. Tal conjunto se comporta como uma nanoestrutura quântica, na qual níveis de energia discretos aparecem para as partículas carregadas, confinadas em uma zona a três dimensões. Intermediárias entre uma molécula e um semicondutor clássico, elas iniciaram sua carreira na área da optoeletrônica. A seguir, rapidamente avançaram nas mais diferentes direções e, ultimamente, são utilizadas para fazer imageamento médico de células, substituindo os corantes comuns. Pensa-se, mesmo, que poderão ser usadas para lutar contra certos tipos de cânceres.

Após o seqüenciamento do genoma humano, certas doenças podem estar ligadas a anomalias genéticas precisas. Se for possível descobrir rapidamente certas disposições em um paciente, isso seria evidentemente um ganho apreciável para a medicina, contudo seria necessário, para tanto, dispor de meios rápidos e baratos para identificar, em um paciente, certos genes bem específicos de uma dada doença. Nesse quadro se inscrevem os trabalhos de Arben Merkoci e seus colegas do Grupo de Nanobioeletrônica e Biossensores da Universidade Independente de Barcelona.

Para identificar um gene, a técnica pode ser descrita, de modo simplificado, da seguinte maneira. Trata-se de colocar juntas duas hastes de DNA provenientes de duas fontes diferentes e ver em que velocidade elas se juntam para formar uma dupla hélice. Se se dispõe de uma haste, portando, por exemplo, um gene predispondo à fibrose cística, buscar-se-á sua presença em um paciente, colocando-a em contraste com uma outra haste extraída de suas células. Se o gene aí se encontra, as duas hastes se juntarão rápida e facilmente.






Estrutura de duas hastes da molécula de DNA em dupla hélice.

Créditos: Darryl Leja.


Um laboratório sobre um chip

Até o presente, a fim de marcar algumas partes do DNA, as técnicas utilizavam o emprego de corantes ou de marcadores com a ajuda de isótopos radioativos. Infelizmente, essas técnicas têm limites e aquela que propõem os pesquisadores de Barcelona não apresenta os mesmos inconvenientes.

Na ocorrência, eles associam um quantum dot à base de sulfeto de cádmio (CdS) à haste do DNA teste portando o gene de uma dada doença hereditária. Várias associações desse gênero são em seguida misturadas com hastes de DNA do paciente no qual é pesquisada uma anomalia genética. Utilizando um tipo de biossensor, conhecido pelo nome screen-printed electrodes, do tipo daqueles que permitem testar a taxa de glicose sanguínea, torna-se possível saber rapidamente se o gene pesquisado está presente.

De fato, fixando-se no quantum dot semicondutor à haste de DNA, formando então um fragmento de dupla hélice, modificam-se as propriedades condutoras do quantum dot, o que se traduz por uma modificação na intensidade da corrente que circula nos eletrodos.

No momento, a técnica não funciona a não ser com amostras de hastes de DNA isoladas, resta saber o que ela dará, por exemplo, com uma simples amostra de sangue de um paciente. Pode-se esperar o aparecimento de um verdadeiro laboratório miniatura, que permitirá diagnosticar rapidamente, e de uma única vez, várias predisposições a doenças genéticas.

Futura-Sciences, consultado em 02 de fevereiro, 2009 (Tradução - MIA).


Nota do Scientific Editor: o trabalho que deu origem a esta not electrochemical stripping detection of cystic-fibrosis-related DNA linked through cadmium sulfide quantum dots", de autoria de S. Marin e A. Merkoçi, foi publicado na revista Nanotechnology, volume 20, 055101 (6 pág.), 2009, DOI: 10.1088/0957-4484/20/5/055101.


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