Uma equipe de pesquisadores da Universidade McGill (Canadá) utilizou o DNA para fabricar nanotubos. Seus trabalhos foram publicados recentemente na revista Nature Nanotechnology. Os pesquisadores, dirigidos pela Professora Hanadi Sleiman, do Departamento de química, serviram-se das propriedades da informação química detida pelo DNA para obter nanotubos de diferentes geometrias, rigidez e porosidades. Assim, puderam construir os primeiros exemplos de nanotubos de DNA, dotados de uma geometria controlada.

"Nossa auspiciosa descoberta está agora bem colocada, afirma a Professora Sleiman. Estudamos atualmente diversas aplicações potenciais na área de administração de medicamentos. É ainda muito cedo para nos pronunciarmos, mas certamente vale a pena explorar essa via. O DNA constitui um suporte inacreditável para a fabricação de nanotubos."

Em sua publicação, os pesquisadores mostram particularmente como esses nanotubos podem ser criados em uma forma "aberta", com haste única, ou em uma forma "fechada", com haste dupla. Essas formas serão particularmente interessantes para o encapsulamento e a liberação seletiva de medicamentos na proximidade do local de células doentes. Do mesmo modo, esses nanotubos oferecem um imenso potencial para fabricação de nanofios metálicos de geometria variada.

Nanotubos de DNA podem servir de fôrmas para o crescimento de nanofios, proteínas transmembranares orientadas para determinação por ressonância magnética nuclear (RMN), podendo ainda agir potencialmente como interconectores, partes de motores moleculares e portadores de medicamentos em nanoescala.

Créditos: University of McGill.

Os tubos de DNA podem, assim, servir de fôrmas nas quais metais podem ser "cultivados", criando fios de diâmetros que não serão visíveis senão ao microscópio e que poderão servir a múltiplas aplicações.

Press Release Universidade McGill, abril de 2009 (Tradução - MIA).

Nota do Scientific Editor: o artigo que deu origem a esta notícia, de título: "Modular construction of DNA nanotubes of tuneable geometry and single- or double-stranded character", de autoria de F.A. Aldaye, P.K. Lo, P. Karam, C.K. McLaughlin, G. Cosa e H. F. Sleiman foi publicado, on-line, na revista Nature Nanotechnology, 2009, DOI:10.1038/nnano.2009.72.

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