Os poluentes e produtos químicos presentes no ambiente têm um impacto sobre o desenvolvimento de cânceres. Segundo a Agência francesa de segurança sanitária do ambiente e do trabalho (Afsset), tudo ainda está por fazer para preveni-los.

A Afsset acaba de publicar um parecer sobre as ligações entre cânceres e ambiente, fundado em um Relatório publicado em outubro pelo Instituto Nacional da Saúde e da Pesquisa Médica (INSERME). Balanço? Os múltiplos poluentes químicos presentes no ambiente (tabaco, radônio, partículas, amianto, benzeno, formol...) têm um impacto sobre o desenvolvimento dos cânceres, mas quase tudo ainda está por fazer para avaliar e prevenir os riscos.


Privilegiar a precaução

Uma abordagem fundada unicamente nas propriedades cancerogênicas particulares de cada produto não é suficiente. Para uma boa avaliação dos riscos é preciso cruzar todas as disciplinas, tais como a "toxicologia, estudo das exposições e ciências humanas e sociais", sublinha a Afsset que ainda leva em consideração o impacto das multiexposições, mesmo que as doses sejam baixas, citando como exemplo a adição simultânea do tabaco e do amianto.

Cena de forte concentração de poluentes atmosféricos.

Créditos: Batiactu.

É preciso igualmente reduzir essas poluições. Quer se trate daquela das partículas finas PM 2,5 (inferiores a 2,5 microns), emitidas pelo tráfego nas estradas e pelas zonas industriais e urbanas, daqueles agentes cancerígenos (amianto, radônio, formol, benzeno, etc...) no ar interior, ou ainda daquela dos pesticidas nas águas, por emissões provenientes de solos, tais como o radônio, amianto, chumbo...

É preciso, enfim, "reforçar a substituição e a supressão de agentes cancerígenos", segundo a Agência, que mira particularmente produtos novos como as nanopartículas, e "promover a aplicação positiva do princípio de precaução". Aos industriais cabe fazer a prova da inocuidade de seus produtos.

BatiActu (Tradução - MIA).

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