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Detecção de toxinas em água ? Use um econômico sensor de papel !

Uma equipe sino-americana mergulhou um filtro de papel comum em uma solução contendo nanotubos de carbono - que são bons condutores de eletricidade -, e anticorpos para microcistina-LR, uma toxina comum e perigosa.

Secaram o papel e repetiram o processo até a obtenção de nanotubos suficientes para torná-los condutores.

Quando o papel é submerso em água contaminada, a toxina se une aos anticorpos e afeta a condutividade dos nanotubos do papel, separando-os uns dos outros. Esta variação na condutividade é detectada por um dispositivo comum de medição.

O principal autor da pesquisa, Nicholas Kotov, da Universidade de Michigan (EUA), disse que o teste é "rápido, sensível e simples". Acrescentou ainda que é prevista a possibilidade de que possa ser manuseado com um dispositivo do tamanho de uma caixa de fósforos, a fim de examinar a água em testes de campo.

A sensibilidade está dentro dos padrões da Organização Mundial da Saúde para detectar toxinas em água potável.

"A sensibilidade do teste é comparável à das melhores técnicas bioquímicas, como a espectrometria de massa, o tempo das análises é muito menor - em umas 28 vezes -, e não requer treinamento especializado", disse Kotov.

Assinalou ainda que o teste pode ser usado para detectar outras toxinas e produtos químicos na água ou nos alimentos, simplesmente mudando os anticorpos.





O teste se baseia na propriedade dos nanotubos de carbono de conduzir a eletricidade.

Créditos: Nasa.



O método pode ser usado nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. "É tão simples que pode ser usado por qualquer um", disse Kotov. O principal obstáculo para o teste é o financiamento, acrescentou, contudo não crê que o teste seja caro, dado estar baseado em papel.

Mohamed Abdel-Mottaleb, professor-assistente de nanomateriais da Universidade do Nilo (Egito), é de opinião que o teste poderia detectar rapidamente não apenas as toxinas que entram nos sistemas de água potável, mas também nas torneiras.

"Isto permitirá que tanto os cidadãos quanto o governo supervisionem e corrijam qualquer problema com a qualidade da água e, com isso, se adiantem aos riscos potenciais à saúde ocasionados pela contaminação da água", enfatizou.

Não obstante, advertiu que os nanotubos de carbono não são baratos nem de fácil obtenção, o que representaria uma barreira potencial para os países em desenvolvimento. Acrescentou, ainda, que também deverão ser estudados os riscos potenciais para a saúde ligados à eventual liberação dos nanotubos nos abastecimentos de água.

SciDev (Tradução - MIA).


Nota do Managing Editor: esta matéria, de autoria de Wagdy Sawahel, foi primeiramente veiculada no Boletim SciDev, em janeiro de 2010.

Nota do Scientific Editor: o trabalho que deu origem a esta notícia: "Simple, Rapid, Sensitive, and Versatile SWNT-Paper Sensor for Environmental Toxin Detecte Competitive with ELISA", de autoria de L. Wang W. Chen, D. Xu, B. S. Shim, Y. Zhu, F. Sun, L. Liu, C. Peng, Z. Jin, C. Xu e N. A. Kotov, foi publicado no periódico Nano Letters, vol. 9 (12), págs. 4147-4152 (2009), DOI: 10.1021/nl902368r.


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