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ARTIGOS DE OPINIÃO
Nanoeducação : um grande desafio ! Deb acredita também que é cada vez mais difícil entusiasmar os jovens. "Quando mostradas aos alunos imagens de superfícies sobre as quais se distingue os átomos de modo individual, o efeito obtido não está à altura da proeza técnica. Trata-se de imagens em preto e branco, aí onde seus jogos de vídeo em 3D fazem bem melhor para impressioná-los. É preciso tempo para que aprendam o que é a escala nanométrica. Depois, começam a compreender a dificuldade de realizar essas imagens e podem, então, apreciar o resultado. As imagens de objetos espaciais requerem bem menos investimento!" A peculiaridade da área das nanotecnologias inclui a necessidade de abordar uma ampla gama de assuntos de aplicação. Deb põe ênfase em uma expressão da moda: as "habilidades do século 21". Trata-se de um corpus de competências que são esperadas hoje: capacidade de análise, gestão de projeto, pesquisa de informação, senso crítico. "Eles são ensinados a perguntar "por que", em vez de memorizar o conhecimento que eles podem acessar rapidamente na internet". Por isto, Deb chama a atenção sobre os métodos de ensino e os conteúdos ensinados. As representações utilizadas nos livros para explicar alguns conceitos são às vezes limitadas, na verdade até mesmo erradas. É preciso também habituar os alunos a pensar em uma escala com a qual não estão familiarizados, adaptando exercícios básicos. Ela também coloca como "ponto de honra" falar das aplicações relacionadas com os conhecimentos aprendidos. Está aí um ponto essencial para ela, a fim de garantir que a área apresente um interesse para os alunos, para que eles compreendam para que serve seu ensino e como podem aplicá-lo. O fato de colocar a mão na massa, com um forte componente prático em laboratório, também permite assegurar este interesse. "A indústria é meu cliente", assegura Deb, para quem um programa de formação só faz sentido se garantir oportunidades de emprego adequadas para seus alunos. Ela mostra até o presente uma taxa de colocação para seus alunos de 100%. A fim de continuar a assegurar o fluxo de estudantes, ela visita escolas para falar de seu programa. Uma operação que julgava ineficaz, até que, recentemente, um aluno de uma das escolas em que estivera se encontra participando de seu programa. Para garantir que o programa de formação é viável para a indústria, Fonash tem se cercado do National Industry Advisory Board (Conselho Consultivo da Indústria dos EUA), que promulga conselhos sobre o conteúdo da formação. Esta iniciativa foi apoiada por um financiamento da National Science Foundation (o CNPq americano). BE (Tradução - MIA). |
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