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ARTIGOS DE OPINIÃO
Países em desenvolvimento ampliam investimento em inovação. Os países em desenvolvimento têm ampliado sua participação nas atividades mundiais de P&D nos últimos anos, segundo um relatório recentemente publicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Para uma amostra de vinte países não pertencentes à OCDE, os gastos com P&D equivaliam, em 2005, a 21,4% do total conjunto dos gastos da OCDE e das economias não-membros da OCDE, contra 17% em 2000. A China respondeu por parcela substancial deste aumento. Desde 2003, esse país se mantém no terceiro lugar mundial no ranking de gastos em P&D, atrás apenas dos EUA e do Japão e na frente dos países-membro da União Européia tomados individualmente.À semelhança do que ocorre nos países menos desenvolvidos da OCDE, nos países não-membros menos desenvolvidos, a maior parcela das atividades de P&D é executada pelos setores governo e instituições de educação superior, por exemplo: Lituânia (79,6%), Bulgária (78,5), Chipre (77,4%) e Índia (74,7%). Em contraste, em Israel, Eslovênia, Malta, China, Rússia, Taiwan, Cingapura, África do Sul e Hong Kong, mais da metade dos gastos domésticos com P&D é executado por firma do setor privado, que, ao criar novos produtos e técnicas produtivas, atuam como importante motor do crescimento econômico. No Brasil essa proporção é de cerca de 40%. No que se refere à intensidade do P&D (gastos domésticos brutos em P&D em relação ao PIB), Israel se destaca pela taxa mais alta do mundo: gastos com atividades civis de P&D equivalente a 4,5% do PIB. Ou seja, intensidade do P&D duas vezes a média da OCDE. Além de Israel, acima da média da OCDE em 2005, havia apenas Taiwan e Cingapura. Segundo a OCDE, intensidade do P&D no Brasil é de 0,9% (dados para 2004). Embora o relatório recentemente publicado pela OCDE (Science, Technology and Industry Scoreboard) alerte sobre a heterogeneidade e possível superestimação nos dados desses países, a amostra de vinte países pesquisados equivalia, em 2005, a 21,4% do total conjunto dos gastos com P&D (em dólar corrente com paridade de poder de compra) da OCDE e das economias não-membros da OCDE, contra 17% em 2000. A China respondeu por parcela substancial deste aumento, na medida em que representa 55% dos gastos dos países não-membros incluídos na amostra. Desde 2003, esse país se mantém no terceiro lugar mundial no ranking de gastos em P&D, atrás apenas dos EUA e do Japão e na frente dos países-membro da União Européia tomados individualmente. O crescimento das atividades de P&D na China tem se dado a um ritmo muito rápido, com taxa anual média de 18,5% no período 2000-2005 (16,4% a.a. no período 1995-2000). O governo chinês definiu como meta elevar a intensidade do P&D para 2% até 2010 e 2,5% até 2020. Dada a forte expansão do PIB chinês, tal meta é considerada extremamente ambiciosa: exige expansão contínua dos gastos com P&D, no mínimo, de 10-15% a.a.. Na grande maioria dos países da amostra, o incremento dos gastos domésticos brutos com P&D no período 2000-2005 foi muito superior ao da OCDE (2,3%). As exceções foram: Israel (2,2%), Eslovênia (0,3%), e Brasil (-0,3% a.a.). OECD. Créditos: Jerzy Kubasik
Segundo a OCDE, intensidade do P&D no Brasil é de 0,9% (dados para 2004). À semelhança do que ocorre nos países menos desenvolvidos da OCDE, nos países não-membros menos desenvolvidos a maior parcela das atividades de P&D é executada pelos setores governo e instituições de educação superior, por exemplo: Lituânia (79,6%), Bulgária (78,5), Chipre (77,4%) e Índia (74,7%). Em contraste, em Israel, Eslovênia, Malta, China, Rússia, Taiwan, Cingapura, África do Sul e Hong Kong, mais da metade dos gastos domésticos com P&D é executado por firma do setor privado, que, ao criar novos produtos e técnicas produtivas, atuam como importante motor do crescimento econômico. No Brasil essa proporção é de cerca de 40%. Nota do Managing Editor: a ilustração que figura nesta notícia não faz parte da matéria original e foi obtida em www.google.com. IEDI, 29 de fevereiro, 2008. |
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