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DIVULGAÇÃO

Mapeamento elementar de secção de tronco de árvore de região poluída de Campinas, SP, revela alterações ambientais de história recente.

Trabalho de pesquisa realizado pelo aluno José Augusto da Col, do GERX (Grupo de Pesquisa em Espectroscopia de Raios-X), do Instituto de Química da UNICAMP, coordenado pela Profa. Dra. Maria Izabel Bueno, revela a história ambiental recente de uma região de tráfego intenso de veículos, de Campinas, SP, além de mostrar formas de adaptação do organismo ao ambiente.

O trabalho baseou-se no mapeamento elementar, através de medidas por Fluorescência de Raios X de Energia Dispersiva, de uma secção transversal do tronco de uma árvore do gênero Acácia. A árvore, de idade entre 6 a 8 anos, foi cortada em setembro de 2003, pelo Departamento de Parques e Jardins da Prefeitura Municipal, para permitir acesso a uma garagem recém-construída.


Acácias são árvores bastante utilizadas na ornamentação de lugares públicos.


O mapeamento elementar da secção do tronco revela, entre outros, a presença dos elementos enxofre e silício, com perfis de concentração muito peculiares, como mostram as figuras abaixo.


Enquanto o perfil do enxofre mostra níveis crescentes de concentração em direção às partes mais jovens da planta, evidenciando a ocorrência cada vez mais acentuada de emissões de SOx e conseqüente formação de chuvas ácidas, o perfil de concentração de silício revela um acréscimo muito acentuado no lado do tronco voltado para a rua, o qual está mais sujeito a intempéries (vento, contato com emissões tóxicas, etc.). O organismo estaria, então, desenvolvendo um escudo de proteção natural, na forma de um vidro, contra estes tipos de agressão ambiental. Correlações entre os perfis de outros elementos essenciais à planta, como sódio, cálcio, potássio e cobre indicam competitividade, quando se sabe que estes elementos estão relacionados a fatores estruturais, de permeabilidade iônica ou a processos enzimáticos. Além destas constatações, percebe-se na figura, alterações sazonais periódicas das concentrações elementares, o que pode ser configurado como índices de poluição mais acentuados em determinadas estações do ano.

Este estudo revela, portanto, que a árvore, quando disponível, pode ser usada com muita adequação como monitor ambiental e de alterações metabólicas de plantas.

Nota do Managing Editor: Material inédito, para divulgação, cedido pela Dra. Maria Isabel Bueno do GERX (Grupo de Pesquisa em Espectroscopia de Raios-X), do Instituto de Química da UNICAMP. A ilustração apresentada foi obtida em www.google.com.

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