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DIVULGAÇÃO
O radiante futuro da energia solar. Até o presente, as células solares eram feitas de silício. O silício no estado amorfo tem um rendimento de conversão bastante baixo, mas não custa caro (não há necessidade de ser tão puro quanto o usado em componentes eletrônicos), enquanto o silício cristalino apresenta um melhor rendimento, embora seja mais caro. Entretanto, a rentabilidade econômica das células fotovoltaicas à base de silício está comprometida pelo aumento do preço das matérias-primas. Suas possibilidades de desenvolvimento estão também limitadas pela necessidade de uma forte insolação (solar), por sua degradação rápida, por sua fragilidade. ![]() Sol: "matéria-prima" fundamental para o funcionamento das células fotovoltaicas. Créditos: Natura Vox
A primeira via possível para melhorar a situação se situa do lado dos filmes finos. Utilizando materiais semicondutores mais eficientes (de "gap direto", onde o fóton cria diretamente um elétron), pode-se ultrapassar a restrição de camadas espessas requeridas pelo silício. De saída, é possível empilhar vários filmes finos, cada um absorvendo uma região do espectro solar: o rendimento é melhor, mesmo com sol limitado. Por outro lado, os filmes cem vezes mais finos diminuem o custo, mesmo que a matéria-prima tenha o seu preço, em quilo, mais caro. A primeira tecnologia citada é interessante, estritamente do ponto de vista do rendimento, todavia continua clássica em sua abordagem econômica e pela necessidade de construção de grandes centrais ou "fazendas" solares. Outras tecnologias, por outro lado, trazem em si os germes de outros usos, e, portanto, de novos interesses econômicos. ![]() "Fazenda" solar, na Califórnia (EUA). Créditos: BP
Um outro campo bastante promissor, e potencialmente muito inovador em suas aplicações, é a área dos semicondutores orgânicos. Trata-se de um campo de pesquisa "em efervescência", já com um certo número de aplicações. Por exemplo, os tecidos que captam a luz solar, ou as células fotovoltaicas em plástico. Outra oportunidade, sem dúvida, é a possibilidade de poder imitar a natureza e sua fotossíntese. Essas tecnologias poderiam engendrar uma cascata de novos produtos: por que não imaginar bolsas e mochilas que podem servir como bateria; barcos propulsados por velas de um outro tipo ou roupas contendo eletrônica embarcada auto-alimentada. Em nível científico, múltiplas vias de pesquisa são propostas para melhorar o rendimento, ainda fraco, desses plásticos fotovoltaicos. Por exemplo, certos polímeros se auto-organizam de uma maneira tal que multiplica a superfície de contato entre os dois eletrodos e que reduz a distância a ser percorrida pelos elétrons, o que compensa a baixa condutividade dos polímeros. ![]() Célula solar em plástico. Créditos: RSC
Numa palavra: a criatividade na área da energia faz com que se espere que soluções inovadoras tornem-se economicamente mais interessantes que os combustíveis fósseis. Contudo, ficará sempre a questão do transporte e da estocagem da energia, muito difícil com a eletricidade como conhecemos, mas muito fácil sob a forma de líquido (petróleo) ou gás (gás natural). É talvez aqui que o hidrogênio poderia ter um papel importante, sendo sintetizado nos desertos do Saara, do Novo México ou de Gobi, e consumido nos automóveis em Nova Iorque, Londres ou Pequim... Natura Vox, mai 07, 2007 (Tradução - MIA/OLA). Nota do Managing Editor: a primeira ilustração apresentada nesta notícia faz parte do texto original, enquanto as duas outras foram obtidas em www.google.com. Assuntos conexos: "Tijolos Fotovoltaicos": boa maneira de captar e conduzir a energia solar. Novo tipo de silício pode garantir o crescimento do setor fotovoltaico. Plasmas + Nanotecnologias + células fotovoltaicas: um sinergismo inteligente! O silício vai perder o trono? Células solares sem silício chegam ao mercado em maio de 2007. Células solares impressas em plásticos? Isso mesmo! A novidade vem do Japão. |
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