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Indústria investe mais em inovação.


Uma em cada três empresas industriais brasileiras investe em inovação tecnológica para ganhar competitividade e elevar lucros. Em 2005, 2,8% de todo o faturamento líquido do setor foram destinados à inovação, apurou a Pesquisa de Inovação Tecnológica, uma parceria entre o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Ministério da Ciência e Tecnologia.

Foi um leve aumento em relação ao resultado anterior, de 2003: 2,5%, mas revela "uma tendência de crescimento salutar" em modernização, na opinião da gerente da pesquisa, Mariana Rebouças.

A técnica reconhece, porém, que o Brasil ainda está muito longe de países como a Alemanha que, com 5% da receita das empresas investidos em inovação é considerada benchmark (paradigma de desempenho) mundial. "A indústria brasileira ainda está longe da dos países de ponta. Mas não estamos mal na fotografia", diz Mariana. A taxa que reúne investimentos em inovação de produtos, aperfeiçoamento de processos de produção e projetos em andamento revela que a parcela de empresas que inovam é de 35,62% sobre o total.





Petroquímica é um dos setores que mais inovou.


Continua muito inferior à taxa alemã (73,66%), mas já se aproxima de países como Espanha (36,54%), França (36,17%) e Itália (37,49%). Segundo a equipe técnica do IBGE, a metodologia usada nos levantamentos desses países é similar à brasileira, o que permite a comparação. O Brasil tem taxa de inovação inferior também à da Noruega (43,53%) e Suécia (54,67%).

São Paulo, o maior parque fabril do País, reúne 35,3% das empresas industriais que investem em inovação. Essa parcela respondeu, em 2005, por mais da metade (55,6%) de todos os investimentos nesta área. Setores intensivos em tecnologia continuam concentrando a maior parte dos casos pesquisados: 97,6% das empresas de pesquisa e desenvolvimento inovaram; na informática, a taxa foi de 57,6% e em telecomunicações, de 45,9%. Também na indústria de transformação com alto grau de tecnologia, como fabricação de veículos, (71,1%), equipamentos de instrumentação hospitalar, cronômetros e relógios (68%) e refino de petróleo (62,4%), as taxas foram excepcionais. Mas o cenário macroeconômico mais favorável começa a espalhar os investimentos em modernização e aperfeiçoamento para outros setores. Nos intervalos das pesquisas desenvolvidas pelo IBGE, entre 2001 e 2003 e 2003 e 2005, houve aumento nas taxas de inovação em 21 das 33 atividades industriais pesquisadas. A expressiva melhoria do cenário macroeconômico em 2005, em relação a 2003, e a manutenção das condições favoráveis no cenário mundial deram suporte a essa estratégia empresarial. Mesmo assim, houve certa estabilidade na taxa média de inovação, causada basicamente pelas atividades que acusaram retração, a maioria constituída de empresas de pequeno porte.

Para competir, alguns setores foram impelidos a inovar. É o caso da indústria têxtil. "A modernização têxtil investe em nanotecnologia a ponto de oferecer ao mercado, por exemplo, toalhas felpudas que hidratam o corpo ao mesmo tempo que enxugam, uniformes que não deixam odor e eliminam o suor. É muito interessante", diz Mariana, explicando que são atestados como esforço inovativo desde projetos de ponta, "que ampliam a fronteira do conhecimento", até pequenos processos de modernização.

Agência Estado, 01 de agosto de 2007 (Colaborou Jacqueline Farid).


Nota do Managing Editor: a ilustração que figura neste texto não faz parte da matéria original e foi obtida em www.google.com.


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