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Âmbar : uma resina de memórias, uma jóia. Há vegetais que, entre tantas potencialidades, são capazes de produzir resina - uma substância viscosa que serve de proteção contra o ataque de organismos nocivos, como insetos perfuradores, e de microorganismos. Quando expelida, age na cicatrização de danos no tronco e nos galhos de plantas. Em contato com ar, essa resina endurece. Se for submetida a processos de transporte (quando caem nas águas dos mares) e à sedimentação (milhões de anos soterrada entre as rochas), sofre modificações químicas e se transforma em um material duro, porém frágil, com cores que variam do castanho ao amarelo. Nessas condições, a resina passa a ser chamada de âmbar, que, para geólogos e paleontólogos, é considerada uma verdadeira "cápsula de memória". A análise da composição química do âmbar permite determinar, por exemplo, que grupo vegetal produziu a resina de origem. No Brasil, já foi encontrado âmbar nas bacias do Amazonas, Araripe (CE), Parnaíba (PI) e Recôncavo (BA) - todos produzidos por pinheiros da família Araucariaceae (como a araucária ou o pinheiro-do-paraná), no período Cretáceo. Âmbar Créditos: AmberFactory.
Há registros de pendentes e colares fitos de âmbar há mais de 14 mil anos, mas, passados longos séculos, continua sendo usado como matéria prima singular na confecção de jóias. No Brasil, é um material conhecido e apreciado por poucos, mas, na Europa e Ásia, é reconhecido e bastante valorizado na tradição da produção de belos adornos. Brincos confeccionados com âmbar. Créditos: LeaWaider.
Não há limites para a criação de peças originais com o âmbar, que podem ser clássicas (colares de contas irregulares ou esféricas) lisas, esculpidas ou facetadas: ou na forma de cabochões de anéis, brincos, broches, colares e pulseiras: ou em peças pouco convencionais, como colares-estojos para aparelhos Mp3, que combinam a gema com metais, silicones e plásticos. Objetos que seduzem não apenas pela beleza, estilo ou impacto visual, mas pelo fascínio que o âmbar desperta - sua origem e formação milenar e como parte da história natural do planeta. Nota do Managing Editor: esta matéria, primeiramente veiculada na revista Ciência para Poetas, de 01 de outubro de 2008, é de autoria de Bianca Encarnação, Cathia Abreu e Irina Aragão. As ilustrações não constavam do artigo original e foram obtidas em www.google.com. |
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