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EDITORIAIS
Ainda precisamos de muitos doutores ! As questões relativas à organização da pesquisa científica continuam fazendo parte da pauta das discussões em vários países, notadamente nos Estados Unidos e nos países da Comunidade Europeia. De fato, a situação de crise econômica mundial está fazendo com que os sistemas de ciência, tecnologia e inovação nacionais estejam passando por uma reavaliação de suas questões "intestinas". Tudo isto, muito por conta da necessidade de enfrentar novos tempos, enormes desafios e, sobretudo, identificar os vetores e projetos mobilizadores, capazes de relançar as economias. Neste processo, os Recursos Humanos (R&H) são de capital importância, sendo o papel da universidade crucial, dado que - em sua quase totalidade -, a formação se dá neste lócus privilegiado. Voltando à organização da pesquisa científica, a maioria dos sistemas, inclusive o sistema brasileiro, funciona com o recrutamento de estudantes de graduação, pós-graduação e pós-docs, que fazem parte das equipes nas propostas de financiamento de projetos. Segundo Paula Stephan, professora de economia da Georgia State University, pesquisadora associada do National Bureau of Economic Research (ambos nos Estados Unidos) e autora do artigo Too many scientists!, tal situação "se assemelha a um esquema de pirâmide" que merece ser repensado, levantando várias questões que, sem sombra de dúvida, merecem reflexão. O artigo de Paula Stephan faz referência ao artigo US urged to rethink chemistry graduate education, de que tratamos no último Editorial do Boletim LQES NEWS, cotejando o fato dos Estados Unidos terem criado um sistema de "too many scientists, too few jobs". Com certeza, não é o caso Brasil, que está ainda em fase de construção de uma pesquisa científica e tecnológica que faça face aos desafios de nosso desenvolvimento e que, por isso mesmo, terá que formar Recursos Humanos de alto nível, e em grande número, em várias áreas estratégicas. Não obstante, sempre é bastante salutar e providencial estar atento às experiências e resultados obtidos em outros países. Acesse o artigo de Paula Stepham, clicando aqui. |
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