Laboratório de Química do Estado Sólido
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PROPOSTA DE TRABALHO DO LQES

A Proposta de Trabalho do LQES - Laboratório de Química do Estado Sólido está relacionada à síntese, caracterização e estudo das propriedades de sólidos, dentro de uma perspectiva de materiais. Isto posto, cabem aqui algumas considerações julgadas relevantes.

Decorrente de entendermos sólidos do modo mais extenso e abrangente possível, nosso interesse está voltado para o trabalho com sólidos não-cristalinos (amorfos) e/ou cristalinos. Acrescente-se a isto o fato de os sólidos poderem ser orgânicos e/ou inorgânicos. A expressão "e/ou", neste contexto, obedece a uma semântica especial, uma vez que nos deparamos com situações nas quais temos uma mistura, como ocorre com as vitrocerâmicas, e, com outras, nos casos de compostos de intercalação/nanocompósitos, exemplos correspondentes, respecticamente, ao primeiro e segundo caso.

Do ponto de vista da síntese, um dos nossos principais objetivos diz respeito à obtenção de novos precursores, ou, ainda, à proposição de novas rotas para a síntese de "velhos materiais", que apresentem interesse acadêmico ou aplicado, procurando "melhorá-los", de modo a termos propriedades mais bem definidas e controladas. Outro ponto, não menos importante, refere-se à obtenção de substâncias cujas propriedades possam habilitá-las a ser um material. Saliente-se que o conceito de material passa por critérios de funcionalidade, performance e, no fim da linha, econômicos. A estratégia deste enfoque é conduzida pelo desenvolvimento e domínio de vários métodos e técnicas de síntese, dentre as quais podemos enumerar: reações sólido-sólido à altas temperaturas; reações em fase heterogênea (sólido-líquido, sólido-gás); método de precurssores; método sol-gel; técnicas de atmosfera inerte; sínteses hidrotérmicas; técnica de transporte químico (fase vapor); reações topotáticas e topoquímicas; preparação de filmes; reações auto-propagantes; fusões à altas temperaturas; troca-iônica, entre outras.

No que diz respeito à caracterização, faz-se mister considerá-la em diferentes níveis, quanto a: i) aspectos estruturais de correlação à curta distância; ii) aspectos estruturais de correlação à média e longa distâncias e iii) aspectos ligados à textura e morfologia, além, naturalmente, daqueles relacionados com a própria composição macroquímica (elementos presentes) e microquímica (distribuição dos elementos na amostra). A isto tudo subjaz a existência de uma pesada e importante infra-estrutura de caracterização. Tal infra-estrutura passa por diferentes técnicas espectroscópicas, de espalhamento, térmicas, de microscopia eletrônica, ópticas, de condução, além dos métodos não-destrutivos de análise.

A infra-estrutura instrumental do Instituto de Química da UNICAMP - da qual, conforme dissemos, participamos intensamente para sua consecução, não só a nível da própria concepção da mesma, como também no que diz respeito à aquisição de equipamentos, instalação e rotinas de utilização compartilhada - permite-nos trabalhar dentro desta perspectiva. Não podemos deixar de mencionar, aqui, as colaborações que mantemos com colegas de outros institutos da Universidade e, ainda, com outras instituições do país e do exterior, o que nos possibilita uma complementação instrumental, dentro de problemas específicos.

É importante mencionarmos neste ponto a significativa parceria do Instituto de Química com o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS). Através de dois projetos financiados pela FAPESP, o Instituto de Química construiu com o LNLS, no Campus do Guará, em Campinas, duas workstations para realização de esperimentos de Fluorescência de Raios-X e Espectroscopia de Absorção de Raios-X (XANES e EXAFS), usando radiação síncrotron. A coordenação deste último, junto à FAPESP, foi feita pelo Coordenador Científico do LQES.

O terceiro ponto de nossa proposta relaciona-se às propriedades dos materiais. Talvez seja aqui que o aspecto conceitual da QES&M - que vimos desenvolvendo durante estes anos - seja mais evidente. O tempo em que atuamos na área, autoriza-nos a afirmar que a ordem: preparação, caracterização e propriedades, deve sofrer mudança radical, dando lugar exatamente à situação inversa. Tal inversão é reconhecida e aceita por todos aqueles que se dedicam, de maneira conseqüente, à Química de Sólidos e de Materiais.

Com o conhecimento hoje acumulado sobre ligações químicas nos sólidos, tipos de sólidos, estruturas-tipo, correlações entre estrutura, estequiometria e propriedades, entre outras, é premente e desejável que se faça um esforço, trabalhando-se estas informações no sentido de exercitarmos o design de novos sistemas. Fazem parte deste esforço, as contribuições provenientes da Modelagem, da Quimiometria e da Engenharia Cristalina.

Neste tarefa, não podemos perder de vista - se quisermos atingir o fim do processo -, ou seja, partirmos para a obtenção de materiais tecnologicamente aplicáveis, que estes devem ter, antes de tudo, uma performance confiável, além de apresentar vantagens funcionais e econômicas sobre aqueles que, eventualmente, possam vir a substituir.

Oswaldo Luiz Alves - Fundador e Coordenador Científico do LQES - Laboratório de Química do Estado Sólido.

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