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Por uma menor quantidade de fertilizantes nitrogenados

O genona do rhizobium, Sinorhizobium meliloti, acaba de ser seqüenciado por um consórcio científico internacional.

O nitrogênio é um elemento necessário ao crescimento dos vegetais. Entretanto e apesar de, as plantas não poderem utilizá-lo diretamente da atmosfera (lembrar que a constituição do ar tem aproximadamente 2/3 de gás nitrogênio, N2). A maior parte das plantas se nutre do nitrogênio mineral, proveniente do solo, e do nitrogênio que compõe os fertilizantes.

Este não é o caso das leguminosas. Estas constituem famílias de plantas nas quais os grãos estão encerrados no interior dos frutos (feijão, vagem, etc.). Tais plantas produzem o nitrogênio com a ajuda das bactérias do solo, as quais se fixam em suas raízes. Um tipo particular de bactéria, as rhizobiuns, vive em simbiose com as leguminosas, isto é: modificam suas raízes formando nódulos. Tais bactérias transforman o nitrogênio do ar em íon amônio, permitindo assim sua utilização pelo vegetal.

As bactérias que fixam o nitrogênio na planta (por intermédio das raízes) são numerosas, todavia somente a rhizobium é uma fonte de nitrogênio privilegiada. Estima-se que cerca de 30% do nitrogênio encontrado em simbiose nas leguminosas são fixados pelas rhizobiuns.

O genoma da rhizobium é constituído de 6,7 milhões de pares de bases, distribuídas em um cromossomo, e dois grandes plasmídeos (pSyma e pSymb). Os geneticistas, entre outras descobertas, identificaram os genes responsáveis pela formação dos nódulos e que permitem à bactéria, sobreviver em solos pobres e secos.

A partir destes trabalhos, publicados na revista Science, os pesquisadores esperam compreender melhor os mecanismos da simbiose entre este tipo de bactéria e as leguminosas.

Acreditam ter dado um passo importante no sentido de favorecer a utilização de nitrogênio atmosférico, com a finalidade de diminuir o impacto dos fertilizantes nitrogenados, sabidamente conhecidos como nefastos ao meio ambiente, quando usados em grande escala.


Bulletim Cyberscience, July 27, 2001. (tradução livre - OLA)

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