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NOVIDADES
Químicos da Universidade da Califórnia, São Diego (UCSD), desenvolveram um nanofio de silício polimérico, capaz de detectar quantidades traços de TNT e ácido pícrico freqüentemente usados por terroristas na confecção de bombas. Esta descoberta, publicada na revista Angewandte Chemie, de junho de 2001, levaria ao desenvolvimento de um novo método, altamente sensível. O polímero de silício consiste de uma longa cadeia de átomos de silício, rodeada por moléculas orgânicas que exibem fotoluminescência quando irradiadas com radiação ultravioleta. Os pesquisadores realizaram modificações no polímero, de modo que a presença de TNT ou ácido pícrico extingue o estado excitado, através de um mecanismo de "quenching" e impedindo a luminescência verde. Uma folha de papel contendo o polímero, que normalmente luminesce sob ação de luz ultravioleta, apresenta-se preta nas regiões onde estão localizados traços de TNT. Tal observação pode ser feita visualmente. A principal vantagem deste polímero, segundo Willian C. Togler, professor de Química e Bioquímica da UCSD, é "sua estabilidade no ar e na água e, também, sua extrema sensibilidade a resíduos de explosivos". "Com uma engenharia relativamente rudimentar, é possível detectar a presença de TNT em quantidades abaixo de 1 ppb (uma parte por bilhão), no ar, e cerca de 50 ppb, na água do mar", completa o professor Togler. Resultados experimentais revelaram, ainda, a capacidade do sistema na detecção de vapor de TNT, no ar, em concentrações da ordem de 4 ppb. Além da possibilidade de detectar os explosivos nas mãos e roupas, os pesquisadores acreditam que numerosas outras aplicações podem ser perspectivadas para tais polímeros, sobretudo quando se tem necessidade de detetores de explosivos, baratos e altamente sensíveis. Materials Today, July/August, 2001. (Tradução livre - OLA) |
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