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NOVIDADES
Recentemente, a revista Environmental Toxicology and Pharmacology publicou um artigo informando que haveria, nos alimentos, 40 vezes mais hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAP) que no solo. Isso equivale dizer que, em matéria de contaminação por HAP, os alimentos são mais perigosos que a poluição. O Professor Adolf Vyskocil, do Departamento de Saúde Ambiental e Saúde no Trabalho, precisa que, em 50 mg de terra, são encontradas apenas 0,3 microgramas de HAPs cancerígenos, ao passo que, na alimentação diária, as doses podem atingir 12 microgramas. Até o momento, pesquisadores presumiam que a contaminação por hidrocarbonetos aromáticos policíclicos e por um de seus componentes, o pireno, provinha essencialmente da poluição do ar e da água. Todavia, a exposição ambiental representaria, na verdade, uma gota d'água num lago, comparativamente à quantidade de HAP absorvida pelo consumo de alimentos. Pelo menos é o que demonstra o estudo feito por M. Vyskocil, em colaboração com o Professor Claude Viau, da Faculdade de Medicina. A pesquisa feita com vinte crianças de até seis anos poderá ter repercussões importantes. A amostra foi constituída por jovens que freqüentam duas creches em Montreal: uma situada próxima de uma estrada no bairro Cote-des-Neiges e, a outra, estabelecida em uma zona dita "verde", na cidade. Testes de urina foram feitos a fim de comparar as taxas de HAP no organismo, com aquelas que se encontram no ar ambiente e no solo. Os dados revelam que a proporção de HAP no solo e no ar ambiente - 12 vezes mais alta no exterior da creche situada na seção poluída - não leva a diferenças significativas entre os dois grupos de crianças. Por outro lado, a concentração de pireno, relacionada ao consumo de alimentos, é claramente superior àquela associada à exposição ambiental. |
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