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NOVIDADES
Na interface da Química e da Física está a Química Teórica. Esta faz uso de "ferramentas" da física para estudar moléculas e suas reações químicas, confrontando os resultados àqueles das medidas experimentais. No domínio experimental, progressos recentes tornaram possível o estudo da reatividade e das trocas de energia, em nível molecular, em tempo real - da ordem de 10 femto segundos. Paralelamente, a espectroscopia tradicional (medidas espectrais de absorção ou de emissão moleculares) atingiram um elevado índice de precisão, o que permite deduzir a estrutura da moléculas cada vez maiores e dos complexos dessas moléculas, como, por exemplo, moléculas de água. A Química Teórica acompanhou tais evoluções. Os cálculos de energia e de estrutura vêm-se tornando cada vez mais precisos, graças ao aumento da performance dos computadores e ao refinamento dos métodos. Além do mais, os cálculos de dinâmica "dependentes do tempo" [pode-se ter informações sobre a dinâmica sem que, necessariamente, seja preciso fazer cálculos em função explícita do tempo] estão mais desenvolvidos, graças a algorítimos baseados em FFT (Transformadas de Fourier Rápidas) ou o aperfeiçoamento de métodos mistos clássico-quânticos, que possibilitam tratar, de maneira quântica, um pequeno número de graus de liberdade críticos e, de maneira clássica, o conjunto de outros graus de liberdade, S. A disciplina, em seu conjunto, progrediu espetacularmente: possibilita cada vez mais resultados quantitativos, predições, além de racionalizações ou interpretações em termos de mecanismos que, aliás, ela já permitia. Graças a novos métodos que misturam tratamento empírico e ab-initio das ligações seguindo seu grau de pertinência no processo estudado, e calculando a evolução de tais ligações mesmo no que diz respeito à dinâmica dos núcleos ("em vôo"), aborda igualmente estudos de sistemas de interesse biológico.
Nadine Halberstadt, 14eme Symposium Canadien de la Chimie Théorique, 4-9 aout 2001, Otawa, Canadá. (Tradução livre - Maria Isolete Alves) |
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