Pesquisadores do Instituto de Pesquisas com Feixes, da Universidade de Bremen (Norte da Alemanha), conseguiram - pela primeira vez -, fabricar diamantes ao ar livre. Para tal realização, conceberam um procedimento automatizado, fazendo uso de um plasmatron de fótons, que permitiu a precipitação do diamante, sem necessidade de vácuo ou de uma câmara de reação.

O procedimento utilizado permitiu uma velocidade de recobrimento de 2 nanometros por minuto. Até o presente, o único método de obtenção dos diamantes ocorria via uso de uma câmara de alto vácuo, recurso este muito caro, considerando-se a pequena quantidade de diamante produzida.

A técnica em questão certamente abrirá novas possibilidades para a indústria de ferramentas como, por exemplo, para o revestimento de peças tridimensionais ou ferramentas de corte utilizadas para trabalhar com metais.

Para chegar a estes diamantes sintéticos policristalinos, os pesquisadores alemães fizeram uso de um laser de potência de vários kilowatts, para a ionização do gás portador. O raio laser é dirigido por espelhos sendo, em seguida, focalizado. Mantido em posição, o raio produz faíscas no gás, que fazem com a temperatura local atinja de 15000 a 20000^oC. O gás transportador transforma-se, assim, em plasma, sendo que o gás de hidrocarboneto, também presente, dissocia-se em elementos simples. Os átomos de carbono crescem sobre um substrato colocado ao fundo. Um sistema de refrigeração utilizando água garante o funcionamento do plasmatron.

Maiores informações:
www.uni-bremen.de/campus/campuspress/service/diamant.php3

Universidade de Bremen e Handelblatt, december 28, 2002. (Tradução livre/texto: OLA.)


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