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NOVIDADES

Estudo das Nanociências e Educação Científica serão intensificados em 2002

A ampliação das pesquisas que vêm sendo realizadas no âmbito da nanotecnologia (desenvolvimento de produtos em escala equivalente ao bilionésimo do metro) é uma das prioridades de trabalho definidas para este ano pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A entidade, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) pretende duplicar o volume de recursos investidos em estudos na área de nanociências em relação ao ano passado, que foi de R$ 3 milhões, conforme informou um dos diretores do CNPq, Celso Melo.

A estratégia tem o objetivo de colocar o Brasil em ritmo de competitividade com outras nações que também estão se iniciando neste campo. "A nanotecnologia tem tudo para ser um grande diferencial no desenvolvimento tecnológico dos países nos próximos anos", acentuou o diretor.

Melo, que atualmente responde pela diretoria de programas horizontais e instrumentais do CNPq (responsável por todos os programas nas áreas de ciências humanas e exatas, de engenharia e inovação tecnológica, assim como os referentes à sociedade da informação), explicou que a entidade foi a primeira agência brasileira a se preocupar com este tipo de ciência.

Para o início dos trabalhos já foram reservados R$ 3 milhões no orçamento anual do ministério, mas esse valor pode vir a ser ampliado por meio de outras fontes de recursos para pesquisa.

"Trata-se de uma área de fronteira sobre a qual antes não se falava, mas que já possui significativa importância. Para se ter uma idéia, a expectativa dos Estados Unidos é de que até o ano 2020, o mercado fármaco venha a movimentar cerca de US$ 1 bilhão apenas com produtos vinculados a essa nova tecnologia. E o Brasil precisa ter seu próprio programa", disse.

A opinião de Celso Melo segue a tendência cada vez mais unânime entre a comunidade científica de que a nanotecnologia vai alterar, no futuro, a forma de projeção e construção de vários produtos tais como computadores, automóveis, aviões e, sobretudo, vacinas e insumos de medicina.


Educação científica

Além de intensificar a pesquisa nesse campo, o CNPq colocou entre outra de suas prioridades para 2002 o incremento às ações de educação científica.

O diretor afirmou que os programas a serem realizados têm como objetivo não apenas a identificação e formação de jovens talentos como também, o intuito de levar o cidadão moderno a ter um mínimo de informação sobre os produtos que consome e a qualidade de sua própria vida.

Neste sentido, estão previstos investimentos para apoio às olimpíadas científicas, como também apoio a produtos como softweares e kits pedagógicos e a redes cooperativas nos vários espaços científicos existentes no País - a exemplo do que já foi observado no ano passado.

Uma das preocupações da entidade é a criação de centros regionais de referência para o ensino da ciência. A idéia, segundo Melo, é de que o projeto (ainda em fase de elaboração) seja realizado em espaços integrados via Internet, com ampla participação da comunidade científica local.

Os professores vinculados a esse programa, além de serem treinados dentro de suas especialidades, poderão atuar como agentes multiplicadores em várias instituições, mediante um programa de bolsas.

Novidades em C&T, MCT, 17 de janeiro de 2002. (Hylda Cavalcanti)


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