Apesar das controvérsias, ainda hoje os historiadores dividem o Período Pré-Histórico em idades usando, em alguns casos, os avanços tecnológicos de época como referência, daí a idade da pedra lascada, da pedra polida, do bronze e do ferro. Entretanto, o vidro, uma das mais antigas e utilizadas invenções da humanidade, acabou não recebendo homenagem. O fato é que enquanto a utilização de pedras como ferramentas já faz parte do passado, a utilização do vidro tem crescido de maneira muito rápida.

Formado por uma mistura de areia, cal e bicarbonato de sódio ou potássio (esse usado em inúmeras situações domésticas), o vidro está em diversos objetos do cotidiano, como copos, vidraças, óculos, monitores de microcomputadores, chegando até o espaço, caso das lentes do telescópio Hubble. "Pelo vidro o homem conheceu coisas infinitamente pequenas, como o mundo das bactérias, vírus e moléculas, e também muito grandes, como planetas e estrelas", analisa Oswaldo Luiz Alves, do Instituto de Química da Unicamp, que traçou um histórico sobre essa vitória tecnológica da Química, iniciada nas areias desérticas do Antigo Egito.

Nota do Managing Editor: O texto acima foi publicado na revista EDUCAÇÃO, Ano 28, Número 249 de Janeiro de 2002, página 30, como parte do artigo "Pergunte ao Pó", na secção Química, a propósito do projeto "Química para Poetas", realizado pela Casa da Ciência e Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro. (Artigo completo)


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