A "seda" que as aranhas produzem para tecer suas teias é de tão extraordinária resistência, que ultrapassa àquela do aço. Tal propriedade é tanto mais interessante, pelo fato dessa "seda" ser muitíssimo leve, macia e reciclável. Único inconveniente: as aranhas são predadoras ciumentas de seu território, donde a impossibilidade de domesticá-las!

O Exército americano que se interessa pela possibilidade de sintetisar a seda das aranhas, a fim de fabricar coletes à prova de balas ou realizar suturas médicas, assim como a United States Army Soldier and Biological Chemical Command, de Natick (Massachusetts), têm colaborado com a empresa de biotecnologia Nexia, de Vaudreuil-Dorien (Quebec, Canadá), visando a inserção de genes de duas espécies de aranhas no interior do genoma de células renais de porquinhos-da-índia e de células de úbere de vaca.

Esses órgãos produziram uma das duas proteínas recombinantes da seda de aranha. Os pesquisadores tentam, agora, sintetisar a segunda proteína.

Esperando produzir fibras em quantidade, a Nexia deseja implantar tais genes em ovelhas que produzirão a seda de aranha, quando da lactação. Um artigo resumindo esses trabalhos acaba de ser publicado (janeiro) na revista Science.

New York Times, January 18, 2002. (Tradução livre/texto: MIA-OLA)

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