Muitos pesquisadores estão intrigados com bolas de papel atiradas em classe pelos alunos: não conseguem explicar que mecanismos permitem a essas pequenas estruturas o desenvolvimento de uma estrutura de excepcional resistência.

Para compreender tais fenômenos complexos, uniram-se pesquisadores da Universidade de Harvard (USA), Tel Aviv (Israel) e do Instituto de Tecnologia de Massachussetts, MIT (USA), realizando as primeiras experiências. Atualmente, dois físicos da Universidade de Chicago retomaram a discussão de tais trabalhos, em artigo publicado em fevereiro último do Physical Review Letters. De acordo com eles, tão logo se desdobra uma bola de papel, ela não mantém a não ser arestas e dobras. Resta saber onde se concentra a energia dessa bola.

Alguns pesquisadores acreditam que ela esteja concentrada precisamente nos "vértices" outros inclinam-se pelas "arestas". Experiências mais recentes mostram que o efeito de supressão da resistência é contínuo, resultado este que surpreende os teóricos, dado que se observa fenômeno idêntico com os líquidos viscosos. Tais trabalhos poderão vir a contribuir para uma melhor compreensão dos fenômenos observados quando do encontro de placas tectônicas ou a aparição de rugas sobre as paredes das células.

New York Times, February 19, 2002. (Tradução livre/texto: MIA-OLA)

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