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Condução elétrica limitada do ADN (DNA) está relacionada com sua estrutura de dupla hélice

O Ácido Desoxirribonucléico, ADN, apresenta uma estrutura oscilante, de hélice dupla. Pensava-se, antigamente, que as moléculas do ADN conduzissem bem a eletricidade. A estrutura revelada mostra não ser bem assim. É o que tornaram evidente pesquisadores de Amsterdã, valendo-se de aparelhos de fotografia ultra-rápidos.

Os manuais descreviam o ADN como tendo uma estrutura não só rígida mas também regular. Verifica-se, agora, que a dupla hélice do ADN faz dele um sistema bastante dinâmico e caótico. Na verdade, a estrutura antes descrita como rígida é a média das posições desta estrutura observada num período de tempo.

São exatamente os movimentos caóticos, segundo os pesquisadores de Amsterdã, que limitam as propriedades de condutividade elétrica do ADN. Embora imperfeita, tal condutividade é, no entanto, de importância vital para a célula que, por exemplo, faz uso de elétrons oriundos da transferência de carga no ADN para "ressoldar" as ligações danificadas.

Os pesquisadores são da opinião de que a condutividade elétrica seria melhor realizada se o ADN tivesse uma estrutura de dupla hélice fixa, na qual os componentes individuais estivessem empilhados, de modo ordenado, uns sobre os outros. Estes resultados têm conseqüências para as pesquisas em microeletrônica molecular, para a qual as moléculas de ácido desoxirribonucléico deveriam ser capazes de iniciar uma série de reações, valendo-se dos efeitos de transferências de carga (TC). A ineficácia da condutividade elétrica do ADN está agora em questão e os especialistas em eletrônica têm que, forçosamente, considerá-la.

O ADN observado pelos pesquisadores compreendia um fragmento semelhante a um importante fragmento de ARN, no vírus HIV. Os pesquisadores incorporaram grupos de moléculas fluorescentes, de modo bastante específico. A seguir, bombardearam o fragmento de ADN com pulsos laser extremamente curtos. A fluorescência da molécula foi, então, registrada através de um aparelho fotográfico especial.

Movimentos ou vibrações com freqüência de um milionésimo de milionésimo de segundo ou picosegundo podem ser observados pelo dispositivo experimental dos pesquisadores holandeses.

Apenas para que se tenha uma idéia, os aparelhos fotográficos comuns não detectam uma vibração, a não ser que a mesma tenha duração superior a 0,02 segundos e são capazes de registrar somente 24 imagens por segundo.

NWO Research Report; Newsletter for the Media, September, 2002. (Tradução/Texto - MIA)

Nota do Managing Editor: Informações adicionais sobre esta temática podem ser obtidas em www.nat.vu.nl

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