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NOVIDADES
Trabalhando em colaboração, pesquisadores do Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade de Manchester (UMIST) e da Universidade de Edimburgo voltaram seus interesses para materiais antigos, chegando a tijolos romanos de, aproximadamente, 1900 anos! Não apenas tijolos de barro, mas também outras cerâmicas cozidas, com o passar dos anos, acabam por ter seu volume aumentado, o que ocorre pelo fato de absorverem água da atmosfera. Embora os problemas ligados à umidade - principalmente nas construções -, seja antigo, os estudos sobre tijolos afetados pela mesma são recentes. Os pesquisadores observaram que tijolos novos, envelhecidos ao tempo durante alguns meses, após serem "recozidos" a 450 oC, por algumas horas, retomavam seu volume. Em laboratório, reproduziram artificialmente os efeitos de um envelhecimento natural de séculos. Para tanto, expuseram tijolos de produção recente a um jato de vapor super quente e... surpresa! - um "recozimento" térmico fez com que os tijolos recobrassem seu volume inicial. Concluíram, assim, que, submetidos a um tratamento térmico, materiais - mesmo os bastante antigos -, readquirem seu volume primitivo. As experiências realizadas com materiais de 20, 120 e 1900 anos, respectivamente, levaram a equipe a formular uma lei de variação, após ter estabelecido que a contração dos tijolos, medida após o "recozimento" - portanto, a expansão de volume -, é proporcional à sua idade: Lei em T1/4 (T: tempo). A lei em questão, segundo os pesquisadores, aplica-se aos diferentes materiais estudados, embora as técnicas de recozimento de tijolos tenham evoluído consideravelmente no decorrer dos dois últimos milênios. Um modelo de rehidratação, controlada por processos de difusão sobre uma estrutura linear ou de baixa dimensão (no momento da difusão de água absorvida ao longo dos caminhos, em escala atômica), segundo proposta dos pesquisadores, explica a lei de variação em 1/4. As aplicações perspectivadas pelos cientistas podem vir a se constituir num dos sonhos dos engenheiros civis: prever a expansão futura dos tijolos, por ocasião de novas construções. (No presente, as deformações são absorvidas por juntas de deformação espaço de um milímetro por metro de estrutura de tijolo). Outra aplicação prevista é na datação de fragmentos de cerâmicas arqueológicas, vindo assim a complementar a técnica de termoluminescência usada atualmente. Os resultados obtidos pelas equipes de pesquisadores, ao que tudo indica, estão fadados ao sucesso, uma vez que as taxas de expansão correspondentes a longos períodos de tempo nunca foram medidas antes. Nature, april 04, 2003, UMIST. (Tradução/Texto - MIA) |
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