Átomos agrupados ou objetos em escala atômica são manipulados pelas nanotecnologias. Dentre estas estão as nanobiotecnologias, que manipulam as moléculas, o DNA, as proteínas ou os vírus, todos eles com tamanho inscrito em uma mesma ordem de grandeza: o nanometro. Daí ser viável, e mesmo promissor, que as nanobiotecnologias propiciem a interação dos materiais em escala atômica com os sistemas dos seres vivos. Estes, e a ciência como um todo, podem ganhar muito, usufruindo dos resultados.

A combinação de diferentes tipos de materiais e moléculas biológicas pode fazer coisas inusitadas. Assim, materiais metálicos ou semicondutores, combinados com moléculas biológicas permitem tirar partido de propriedades físicas (ópticas, elétricas) do material, aproveitando propriedades seletivas da biologia. Por outro lado, as tão apreciadas capacidades de organização natural da matéria viva, entre outras, poderão prestar sua contribuição, permitindo a ordenação mais eficaz de nanoestruturas.

Da mesma forma que as nanotecnologias em geral, as nanobiotecnologias permitem que se perspectivem aplicações absolutamente revolucionárias. O domínio das nanobiotecnologias está em plena expansão e resultados recentes permitem grande otimismo relativamente às verdadeiras melhorias técnicas que tais tecnologias ensejarão.

Nos próximos 12 anos - segundo um relatório de abril de 2002, intitulado "Nanobiotecnology, Commercial Opportunities from Innovative Concepts" -, é estimado que o mercado global de nanobiotecnologias atingirá aproximadamente U$ 300 bilhões de dólares.

Na primeira parte, o dossiê apresenta as diferentes direções de pesquisa exploradas e os resultados obtidos. Numa segunda parte, uma lista, não exaustiva, revela os principais atores, nos Estados Unidos, que atuam nessas áreas.

Embaixada da França nos Estados Unidos, aôut, 2003. Autores: Céline Farvacque e Serge Hagège. (Tradução/Texto - MIA)

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