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NOVIDADES
Poderia causar espanto a alguns (poucos), o fato de ser possível a produção de eletricidade a partir de bactérias. Contudo, pesquisadores da Universidade de Massachusetts Amherst (EUA), liderados por Derek Lovley, conseguiram realizar uma experiência com um rendimento significativamente mais importante do que aquele conhecido até o presente, e sem qualquer mediador. Devem isso ao Rhodoferax ferrireducens. O Rhodoferax ferrireducens é um microorganismo anaeróbico, descoberto em Oyster Bay, Virgínia (EUA), que, por uma reação de óxido redução, é capaz de extrair elétrons de açúcares simples como a glucose ou a frutose. Como é microscópico, mas nem por isso pouco inteligente, usa metade desses elétrons para seu próprio desenvolvimento, enquanto que a outra metade é reenviada para substratos ricos em ferro. O "pulo-do-gato", para os pesquisadores, consistiu em fixar bactérias diretamente sobre eletrodos, encarregados de drenar o fluxo de elétrons excedentes. Lovley e seus colegas, através dessa manipulação, obtiveram um rendimento de 80%, sendo que os métodos atuais não ultrapassam 50%. Mas, como nem tudo é perfeito, sendo a oxidação da glucose um processo lento, o procedimento não pode servir como fonte direta de energia. Nada impede, contudo, de se perspectivar novas aplicações, como, por exemplo, a recarga de baterias elétricas, principalmente no caso de equipamentos científicos usados no fundo do mar, onde é difícil a substituição das pilhas. A medicina poderia também se valer dessa experiência em aparelhos médicos do tipo marcapasso, os quais seriam capazes de obter energia a partir da glucose sanguínea. USA Today, September 07, 2003. (Tradução/Texto - MIA) |
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