A existência do sumaneno foi predita por um pesquisador indiano em 1993, vindo depois a atrair a atenção de especialistas que o consideram como um nanomaterial, à base de carbono, de fácil utilização.

Derivado do fulereno, o sumaneno é constituído de 21 átomos de carbono e 12 átomos de hidrogênio. A síntese da molécula, sob a forma de uma tigela, da ordem do nanômetro, foi conseguida por um grupo de pesquisadores da Escola de Engenharia da Universidade de Osaka (Japão), dirigido pelos professores Toshikazu Hirao e Hidehiro Sakurai

Sem equipamentos especiais, mas escolhendo as matérias-primas e os catalisadores a serem utilizados, com o auxílio de uma simples proveta o grupo aperfeiçoou o método de síntese.

O diâmetro do contorno da tigela é de 0,6 a 0,7 nanômetros, sendo sua profundidade de 0,1 nanômetro. No interior dessa molécula podem ser colocadas outras moléculas, ou mesmo fazer-se uma esfera juntando-se os contornos de duas tigelas. É possível, ainda, esticando-se a borda, produzir um tubo.

Quando comparada ao nanotubo de carbono e ao fulereno, tal molécula permite, com vantagem, não só a adição de novas funções, mas também a modificação de sua forma.

As aplicações possíveis vão desde a administração de medicamentos (sistema de liberação de drogas), passando por componentes de telecomunicações de altas taxas e chegando aos materiais destinados a pilhas a combustível.

Nihon Keizai Shinbum, September 26, 2003. (Tradução/Texto - MIA)

Nota do Managing Editor: os resultados foram publicados na revista Science, de 26 de setembro de 2003.

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