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NOVIDADES
Cristais fotônicos de silício poroso para detecção de substâncias tóxicas.
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Químicos da Universidade da Califórnia, em São Diego (EUA), conseguiram criar, em escala micrométrica, cristais fotônicos de silício poroso, capazes de organizar, de se orientar e de reagir a seu ambiente. Para tanto, inicialmente produziram por gravação eletroquímica no silício dois espelhos multicamadas que, a seguir, sofreram algumas modificações: hidrosililação por dodeceno para um, e oxidação térmica moderada para o outro, com o objetivo de torná-los respectivamente hidrofóbico e hidrofílico.
O filme obtido foi então fracionado por sonicação, até a obtenção de minúsculas partículas, com propriedades surpreendentes. Quando os pesquisadores juntaram essa "poeira" a uma mistura de água e petróleo, as partículas espontaneamente migraram e se alinharam em nível da interface água-líquido, seu lado hidrófobo orientado para a fase orgânica. À medida que o líquido na interface penetrava nos poros dos espelhos, nos espectros ópticos dos mesmos surpreendeu-se um deslocamento, traduzindo-se a olho nu por uma mudança de cor, assinalando a presença de petróleo.
No futuro, tais nanoestruturas poderão vir a integrar dispositivos que visem à detecção de substâncias tóxicas na água e no ar, no quadro da luta contra a poluição ou prevenção do bioterrorismo.
USA Today, August 25, 2003. (Tradução/Texto - MIA)
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