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NOVIDADES
Pesquisadores da Universidade de Rice, em Houston (USA), vêm desenvolvendo um novo método de ablação térmica de tumores sólidos. Sua estratégia se fundamenta na utilização de duas entidades, "nanoshells" (nanoconchas), uma categoria de nanopartículas, e a luz do infravermelho próximo - totalmente benignas se usadas independentemente uma da outra, mas adquirindo, quando combinadas, um forte poder citotóxico. Os resultados preliminares demonstram a eficiência do método tanto in vitro, sobre células tumorais humanas em cultura, quanto in vivo, sobre tumores enxertados em cobaias. As nanoshells são nanopartículas compostas de um núcleo esférico de silício, recoberto por uma fina camada de metal, geralmente ouro. Controlando o diâmetro de seu núcleo e espessura da "concha" metálica é possível modificar as propriedades físicas e, em particular, o pico de absorção óptica dessas partículas. Os pesquisadores fabricaram nanoshells cujo diâmetro do núcleo está por volta de 110 nm, sendo de 10 nm a espessura da camada de ouro. Injetando-se tais partículas nos tumores e focalizando-se os tecidos com a luz do infravermelho próximo, as nanoshells absorvem as ondas ópticas e provocam um aquecimento dos tecidos, aquecimento este suficiente para levar à morte as células tumorais. A utilização de ondas no infravermelho próximo é particularmente interessante para esse tipo de aplicação, porque essas radiações não são absorvidas pela maioria dos tecidos vivos. Assim, apenas os tecidos "atingidos" pelas nanoshells serão afetados por esse comprimento de onda. Além disso, os raios no infravermelho próximo penetram relativamente profundo nos tecidos. Tendo sido demonstrada a exeqüibilidade dessa estratégia terapêutica, os autores querem agora melhorá-la, testando os efeitos de nanoshells funcionalizadas com anticorpos direcionados contra oncoproteínas. Tal recurso permitiria a administração sistêmica de nanopartículas capazes de atingir e de se acumular nos tumores e nas metástases presentes em um organismo. BBC (http://news.bbc.co.uk). Consultado em novembro de 2003. (Tradução/Texto - MIA) |
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