Os tratamentos usuais da AIDS agem sobre a doença quando a mesma, infelizmente, já está instalada, ou seja: após sua propagação pelo organismo. Se o ataque do vírus pudesse ser freado, mesmo impedido, um grande passo seria dado.

Ao que tudo indica, parece ter sido esse o raciocínio do professor Kuzushige Kawai e sua equipe da Universidade de Tóquio (Japão). O pesquisador mostrou que o galato de epigalocatequina (EGGG), molécula abundante nas folhas de chá, tem grande afinidade pelos receptores CD4 dos linfócitos T4.

Esses receptores contidos nas membranas celulares permitem ao vírus da AIDS se introduzir nas células, sendo a seguir replicado. O estudo tornou evidente que, ligando-se mais rapidamente aos receptores, o EGGG impede o ataque do HIV. Assim, impedindo o vírus de se replicar, essa molécula apresenta-se como uma arma poderosíssima na luta contra a doença.

Reuters Foundation, November, 10, 2003. (Tradução/Texto - MIA)

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