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NOVIDADES
Cenário: Chipre (ilha no Mar Mediterrâneo, a 70 km da costa da Turquia), distante 5.000 km de Tours (cidade na região central da França), um satélite de telecomunicações. Personagens: paciente, médicos especialistas. Instrumentos: sonda ecográfica. Afinal, o que aconteceu com tais ingredientes nesse contexto? O biofísico e especialista em fisiologia espacial, Professor Philippe Arbeille, realizou uma ecografia, com sucesso, em Tours, utilizando uma sonda robotizada, em transmissão via satélite. Até aí, tudo bem, a não ser pelo fato de o paciente estar em Chipre - a 5.000 km de distância! O tempo de intervenção foi de vinte minutos e, palavras do professor: "pudemos examinar em boas condições o fígado, a vesícula e um rim". Assim, sem a necessidade de deslocamentos penosos, o paciente - como outros, distantes dos grandes centros hospitalares -, pôde submeter-se a um exame preciso que contribuiu para que se obtivesse um diagnóstico, agilizando o tratamento. O projeto foi financiado pela União Européia, a qual deposita grandes esperanças nas ecografias à distância. O braço robotizado - concebido por engenheiros de Bourges (Cher, França) -, acionou a sonda ecográfica sobre o paciente "internado" em um hotel na Nicósia (Chipre), por ocasião de um congresso de medicina. Os movimentos da ecografia foram comandados de Tours, pelo Professor Arbeille, com o auxílio de uma sonda. França, Inglaterra, Grécia e Itália reuniram-se em consórcio para a execução do protótipo de sonda robotizada, o qual recebeu o nome "Otelo", tendo sido precedido por dois outros. Uma empresa sediada em Toulouse, França, já tem projeto de comercializar, em 2005, um quarto protótipo, mais leve e ergonômico. Agence France Press, 08 octobre, 2003. (Tradução/Texto - MIA) |
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