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Nanocristais podem dar um "basta !" às notas falsificadas de euros.

Astúcia, artifício, manha, ou qualquer outro sinônimo que se queira usar, estão sempre a postos quando o objetivo é enganar, ludibriar, fraudar. Em se tratando de dinheiro, então, parece que o desafio sempre está lançado: é possível, sim, fazer idêntico, por que não?

Acreditava-se serem infalsificáveis as recém lançadas notas de euro -, dinheiro em vigor em quase todos os países da Comunidade Européia -, quando de sua introdução fiduciária no mercado. Santa ingenuidade! Logo o banco europeu precisou "sair correndo atrás do prejuízo", buscando novos métodos que garantissem o caráter infalsificável das notas.

Uma das saídas encontradas foi a incorporação de nanopartículas luminescentes nas cores de impressão. Pois bem, a empresa Nanosolutions GmbH (Alemanha) desenvolveu nanopigmentos que não podem ser excitados por fluorescência, senão de modo seletivo: os pigmentos não tomam uma cor vermelha ou verde, a não ser com o auxílio de uma fonte de UV bem definida.

O trabalho de identificação das notas falsas ficaria a cargo dos caixas nos estabelecimentos, os quais, munidos de uma mini lâmpada a vapor de mercúrio, separariam "o joio do trigo". Enquanto os nanocristais de óxido de vanádio e de ítrio emitem no vermelho, os nanocristais de fosfato de lantânio, de 7 nm, emitem uma luz verde. Um controle preciso dessas emissões mostra que as mesmas constituem uma "impressão digital", de grande precisão espectral.

Sendo acrescentados elementos químicos convenientemente escolhidos, é possível obter-se um espectro de emissão, de tal precisão, que pode detectar as notas falsas. Para facilitar a identificação, o aparelho de detecção poderá ser acoplado às próprias caixas registradoras.

Um dos diretores da empresa, Fernando Ibarra, acredita que tal sistema poderá vir a ser mais confiável que o princípio da fluorescência atual, uma vez que os pigmentos fluorescentes são de fácil acesso a quem quer que queira comprá-los. A tipografia federal alemã, Bundesdruckerei, e o impressor de bilhetes (papel moeda), Giesecke & Devrient, farão os testes com o novo procedimento.

Criada em 2000, e de olho nesse possível mercado, a Nanosolutions GmbH já tratou de montar uma pequena instalação para a fabricação de nanocristais luminescentes, e vem produzindo alguns quilos dos mesmos.

BE Allemagne (http://www.be.adit.fr) (Tradução/Texto - MIA).


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