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Lavoisier. O Estabelecimento da Química Moderna

Uma das mais famosas idéias científicas incorporadas ao repertório cotidiano de nossas frases é a de que, na Natureza, nada se cria, tudo se transforma. Mesmo que não tenha sido expressa de uma forma tão simplória, sua secular popularidade mostra bem como foram influentes as idéias de seu autor, o grande químico francês Antoine Laurent Lavoisier.

Apesar de ter vivido há mais de duzentos anos (1743 a 1794), Lavoisier é até hoje uma presença decisiva na nossa concepção de mundo. Seu foco nas leis da transformação foi quase profético, pois a mais contemporânea concepção científica afirma com vigor que o aspecto mais fundamental da Natureza é a transformação.

E foi Lavoisier quem essencialmente ajudou a fazer, da química, a ciência do estudo da composição e das propriedades das substâncias materiais, e das reações pelas quais as substâncias se transformam. Pois tudo é mutação no mundo natural: os elétrons e prótons subatômicos, a digestão em nosso corpo, a queima dos combustíveis, a chuva que é vapor d'água condensado, a energia que brilha nas estrelas.



Capa do Livro: "Lavoisier. O Estabelecimento da Química Moderna", de autoria de Carlos Alberto Filgueiras


No livro Lavoisier, O Estabelecimento da Química Moderna, da coleção Imortais da Ciência, da Odysseus Editora, Carlos Filgueiras, doutor em química pela Universidade de Maryland, pós-doutorado em Cambridge, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Química (SBQ) mostra seu trabalho como historiador da ciência e resgata a vida e a obra de Lavoisier em seu aspecto mais importante, a concepção das transformações materiais que ocorrem na Natureza.

Filgueiras descreve como Lavoisier, com simplicidade, decifrou segredos naturais que permaneciam inexplicáveis até seu tempo. Entre outros feitos ele aclarou os mecanismos da combustão, da respiração, a composição do ar e a geração de matéria orgânica no crescimento das plantas. Sua lógica impecável prefigurou a descoberta da fotossíntese, na qual plantas sintetizam alimento com gás carbônico e água, usando a energia da luz.

O livro detém-se também na personalidade do grande cientista: o cuidado profissional, a criatividade, a ousadia e a ética. Da biografia de Lavoisier emerge também sua atuação social. Ele implantou novas técnicas agrícolas, sistemas bancários de poupança e melhorias em moradias populares. Ajudou seu rei a produzir pólvora, a coletar impostos, a desenvolver a educação pública gratuita. Mas o reconhecimento de seu valwww.radiobras.gov.bror pelo antigo regime lhe foi fatal: depois da Queda da Bastilha os tribunais do Terror o condenaram à guilhotina com a absurda frase "a Revolução não precisa de sábios".

Lavoisier surge enfim, em O Estabelecimento da Química Moderna, como o grande cientista e notável cidadão que foi. Um exemplo da criatividade e capacidade da Ciência humana para desvendar os mistérios do mundo.

Nota do Managing Editor: Esta obra foi publicada pela Odysseus Editora. Contatos com o autor podem ser feitos através do e-mail calf@iq.ufrj.br. Esta resenha foi primeiramente veiculada pela Agência Radiobrás (www.radiobras.gov.br).

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