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As algas ingressam na indústria de medicamentos.

A semelhança entre a água do mar e o sangue humano, ambos ricos em oligoelementos ("elementos químicos, componentes essenciais de certas enzimas e de outras proteínas"), vem tornando bastante procurada a talassoterapia: tratamento feito com o uso da água do mar, algas, etc.

Jean Pierre Salaün e Philippe Potin, pesquisadores da Estação Biológica de Roscoff (França), indagam agora se as algas poderiam vir a ajudar no tratamento da obesidade ou da hipertensão. As pesquisas que vêm realizando permitem que tenham esperanças nesse sentido.

As algas, conforme atestam os biólogos, podem ser verdadeiras fábricas de ácidos graxos, precisando melhor: são capazes de dar origem a derivados oxidados de ácidos graxos que poderão vir a ser utilizados como medicamentos. O poder de defesa das algas é já há vinte anos conhecido. Sabe-se que, quando atacadas por micróbios, fabricam derivados de ácidos graxos bastante próximos daqueles encontrados no homem. As prostaglandinas e os leucotrienos são alguns exemplos. Quando não bem regulados, ou quando faltam, tais elementos, que intervêm em numerosos processos biológicos, podem levar a um desequilíbrio fisiológico e mesmo a uma toxicidade.

Philippe Potin diz que "existem métodos de síntese química para obter derivados de ácidos graxos essenciais ao homem", contudo, afirma que os mesmos "são lentos, caros e não levam a uma cópia exata das moléculas ativas". Prossegue dizendo que, com as pesquisas que realizam no momento, "pode-se ter em vista uma produção importante de ácidos graxos oxidados pelas próprias algas".

O método utilizado pelos cientistas é objeto de uma patente com a empresa Goëmar. Através dele, as defesas imunitárias de uma alga vermelha são estimuladas pela introdução, em seu organismo, de extratos de uma alga verde. Conforme os pesquisadores, "a alga vermelha reage contra o parasita produzindo a partir do ácido araquidônico, também presente no homem, derivados que têm ação antimicrobiana e permitem amplificar a resposta imunitária em caso de nova agressão".

Certos ácidos sendo isolados e purificados, os pesquisadores estudam seus efeitos sobre as próprias algas e sobre outros organismos vivos, ratos e células humanas em cultura. Recentemente, conseguiram bloquear in vitro a diferenciação de células especializadas na estocagem de gordura. As células param de armazenar lipídios, graças à influência de dois derivados de ácidos graxos da alga vermelha. Cautelosos, para proteger esta descoberta os cientistas já depositaram outra patente. Para eles, é um primeiro passo em direção ao desenvolvimento de futuros medicamentos.

CNRS, http://www2.cnrs.fr (Consultado em fevereiro de 2004).
(Tradução/Texto - MIA)

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