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NOVIDADES
Na guerra contra o câncer, aqueles tipos de tumores inoperáveis poderão, agora, vir a ser derrotados. Pesquisadores da Rice University, em Houston, EUA, experimentaram um sistema de nanobalas de ouro, capaz de destruí-los. Pequenas partículas de silício, com 110 nanômetros de diâmetro, recobertas por uma camada de ouro de 10 nanômetros, se aquecem quando expostas à radiação na região do infravermelho próximo (700-2500 nm), destruindo as células cancerosas próximas. A razão de ter sido escolhido o ouro foi a biocompatibilidade que este apresenta. No momento foram realizados testes com câncer de mama, in vitro e em ratos. Os resultados foram animadores! Segundo Jennifer West, que dirige as pesquisas, "Quando essas nanobalas foram acrescentadas às células doentes do seio, contidas num tubo de ensaio e, em seguida, expostas à radiação IVP (Infra Vermelho Próximo), 100% das células doentes foram eliminadas". As nanobalas, conforme os pesquisadores, "são concebidas para absorver a luz infravermelho (IVP) e convertê-la em calor. Esse modo de operação é possível porque o tecido do corpo humano é transparente a esse tipo de raio infravermelho. A vantagem da técnica é que pode ser realizada sem intervenção cirúrgica, sendo os IVPs e as nanobalas completamente inofensivos". Aquecer as células cancerosas à temperatura de 55 ºC é suficiente para destruí-las, porque isso muda a permeabilidade da membrana celular. As células têm uma barreira bastante eficaz entre seu interior e o fluido que circula em torno delas. Quando esse equilíbrio é perturbado, criam-se enormes poros que permitem que o fluido penetre na célula, permitindo, assim, que as nanobalas sejam capazes de alvejar os tumores. Recentemente, os pesquisadores realizaram experiência na qual injetaram, em ratos, nanobalas fixadas a anticorpos seletivos a células cancerosas. A equipe reporta que, após a completa destruição das células patogênicas, as cobaias passaram a gozar de boa saúde. Os estudos em questão foram realizados em colaboração com o Nanospectra Biosciences de Houston (EUA) que, a partir de agora, solicitou à agência americana US Food and Drugs Administration (FDA) autorização para a realização de testes clínicos nos próximos 12 meses. Os testes deverão ser realizados em pacientes com câncer grave nos pulmões. Segundo Jennifer West, o método poderá servir como medida de precaução para prevenir cânceres ainda não detectáveis pelos métodos atuais. ABC: http://www.abc.net.au, consultado em fevereiro de 2004. |
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