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NOVIDADES
Um vírus comum foi geneticamente modificado por pesquisadores do MIT (Massachussetts Institute of Technology) e da Universidade do Texas (Austin), ambos nos EUA, a fim de torná-lo suporte de síntese de nanoestruturas. Para tanto, começaram por fazer a expressão de peptídeos (ou cadeias de aminoácidos) apresentando uma forte afinidade para materiais particulares sobre a cápsula de bacteriófagos (vírus que infectam bactérias) M13. Fornecendo a seguir elementos adequados, e no momento exato, a carapaça modificada do vírus desempenha um papel de molde, sobre o qual vão se desenvolver cristais regulares, perfeitamente ordenados. A base viral do dispositivo é retirada na etapa final do processo, permitindo assim a agregação dos cristais em nanoestruturas individuais. A pesquisadora Ângela Belcher, que coordena os trabalhos, afirma ser "tudo uma questão de afinidade, de reconhecimento molecular e de programação genética". Graças à técnica de Belcher, os pesquisadores conseguiram realizar a síntese de nanoestruturas, a partir de dois materiais semicondutores, o sulfeto de zinco (ZnS) e o sulfeto de cádmio (CdS), e de duas ligas ferromagnéticas, de cobalto e de platina (CoPt) e de ferro e platina (FePt). E, como em se tratando de nanotecnologia, quem menos corre voa, desde já foi criada a Semzyme - empresa responsável por colocar a técnica no mercado industrial. New York Times, February 12, 2004. (Tradução/Texto - MIA) |
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