Roland A. Fischer, na liderança de um grupo de pesquisadores do centro coordenado "Interação Metal-Substrato em Catálise Heterogênea", da Universidade de Bochum (Alemanha), desenvolveu um novo sistema catalítico para a síntese do metanol, buscando maximizar as interações entre cobre e óxido de zinco, a fim de melhorar a performance do catalisador.

É sabido que na síntese industrial do metanol é usado um catalisador constituído de cobre e óxido de zinco, cujas interações têm papel fundamental na performance da catálise. Os pesquisadores resolveram utilizar como suporte catalítico um material à base de silicato, que apresenta a vantagem de contar não apenas com uma grande superfície específica, mas também com uma estrutura porosa nanoscópica, que pode ser controlada com precisão.

No processo convencional, as substâncias ativas - cobre e óxido de zinco -, são depositadas através de uma técnica de impregnação sobre o suporte catalítico. Em seu novo procedimento, os pesquisadores aplicaram uma separação organometálica de vapor. O que significa isto? Tal procedimento consiste em depositar as substâncias ativas em associação com um complexo orgânico e depois aquecer para eliminar a matéria orgânica, não deixando sobre a superfície a não ser as substâncias ativas. Assim, o cobre e o óxido de zinco ficam finamente distribuídos na superfície, mantendo-se intimamente em contato.

Vários foram os suportes silicatos experimentados pelo grupo. Com todos eles os pesquisadores afirmam ter obtido catalisadores pelo menos tão eficazes quanto aqueles de cobre-óxido de zinco clássicos.

Fischer relata um fato que fez com que sua equipe aposte confiante em seu sistema catalítico: a atividade catalítica de uma das amostras obtidas ultrapassa em grande extensão a dos catalisadores clássicos.

IDW, Gesellschaft Deutscher Chemiker, May 18, 2004. (Tradução/Texto - MIA)

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