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NOVIDADES
A síntese de um novo zeólito, feita por pesquisadores do Laboratório de Materiais Minerais (CNRS-ENSCM-UHA), é descrita na Revista Science, de 14 de maio de 2004. Os zeólitos são aluminosilicatos cristalizados microporosos, utilizados como catalisadores em petroquímica, ou para a absorção seletiva de moléculas. Dado ser o IM-12 o primeiro zeólito estável à alta temperatura, que conta ao mesmo tempo com grandes poros e um sistema de canais interconectados, abre novas perspectivas para o tratamento de moléculas de grande tamanho, em particular no domínio do refinamento petrolífero. Os zeólitos são materiais naturais ou de síntese cuja estrutura é resultante da automontagem tridimensional de unidades tetraédricas, formadas por quatro átomos de oxigênio ligados a um átomo central (silício, alumínio,...). A automontagem ordenada dessas unidades no espaço conduz a um sistema poroso caracterizado por um tamanho de poros que varia de 4 a 10 Å. Essas peneiras moleculares permitem a separação de moléculas de diferentes tamanhos. Permitem igualmente catalisar reações químicas via moléculas capazes de penetrar no interior dos canais. Essas características permitem o uso dos zeólitos na absorção e decomposição de moléculas odorantes ou poluentes (estábulos de criação animal, câmeras frigoríficas, indústria...). Em catálise os zeólitos têm importantes aplicações na indústria petrolífera (aumento do índice de octano de combustíveis...) e em petroquímica. A equipe de Jean-Louis Pailloud realizando uma experiência de substituição de certos átomos de carbono por germânio obteve um zeólito de grandes poros (8,5 a 9,5 Å de diâmetro), termicamente estável, que resiste a vários ciclos de aquecimento a 600 oC. O novo material consegue associar duas características que fazem dele algo bastante especial, em termos das aplicações que enseja perspectivar, tanto em catálise quanto em absorção: - o grande tamanho dos poros, além de um sistema de canais interconectados. O zeólito IM-12 será desenvolvido em colaboração com o Instituto Francês do Petróleo. CNRS, consultado em 08 de junho de 2004. (Tradução/Texto - MIA) Mais informações podem ser obtidas em http://www.cnrs.fr. Conheça mais sobre o assunto:
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