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NOVIDADES

À busca de uma nomenclatura para as nanotecnologias.

Ter que "dar nomes aos bois" pode não ser tarefa das mais fáceis! É exatamente o que vêm pensando os cientistas, vis-à-vis à dificuldade de ter que nomear suas promissoras descobertas nanotecnológicas.

Como toda a ciência emergente, a nanotecnologia se vê frente à duríssima tarefa de ter que, não apenas constituir, mas também organizar seu vocabulário, segundo uma terminologia universal.

Para que se tenha uma idéia de quão árdua e complexa é essa tarefa, basta que nos reportemos a uma ciência já sobejamente estabelecida, a Química. Nesse terreno, cada molécula é designada por uma fórmula simples, indicando sua composição atômica. Informações adicionais são, por vezes, acrescentadas, com o auxílio de prefixos, sufixos e nomes, que agregam informações sobre o modo como podem ser acessados os diferentes grupamentos das moléculas mais complexas, etc.

Mas, e quando em questão estão as nanomoléculas? Sabe-se que a particularidade das mesmas reside em seu comportamento. Podendo ter uma composição química similar à das macromoléculas, suas propriedades são, no entanto, radicalmente diferentes.

É aí que o cientista se vê confrontado com o fato de querer ou de ter que dar conta de todos os aspectos de um material em uma só expressão.

Não querendo sucumbir à síndrome da Torre de Babel, pesquisadores das nanotecnologias começam a organizar conferências visando ao desenvolvimento de um vocabulário universal para a área.

Trata-se de uma questão bem mais geral do que se possa imaginar. Órgãos como a Environmental Protection Agency (EPA) e a Safety and Health Administration estão ávidos de poder desembaraçar a questão da toxicidade dos nanomateriais.

Tais órgãos, e outros tantos poderão vir a se beneficiar grandemente de uma nomenclatura adequada, que poderá socorrê-los na identificação rápida de eventuais efeitos negativos de certas partículas sobre a saúde humana ou sobre o meio ambiente.

S&T Press, 24 Mai, 2004. (Tradução/Texto - MIA)


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