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Celulose substitui pele.

Um curativo biocompatível para substituir, temporariamente, a pele humana está para chegar ao mercado. A matéria-prima é a celulose produzida pela bactéria Acetobacter xylinum, um microorganismo encontrado na natureza, principalmente nas frutas em decomposição.

A vantagem da celulose bacteriana, principalmente a produzida pela A. xylinum, é que após uma série de procedimentos industriais ela passa a ter grande resistência e se torna impermeável a líquidos, mantendo a permeabilidade a gases.

Na avaliação do cirurgião plástico e diretor da área médica da Bionext Produtos biotecnológicos, que está desenvolvendo o produto, Lecy Marcondes Cabral, a película de celulose pode ser utilizada em queimaduras e em outros procedimentos médicos das áreas de cardiologia, neurologia e odontologia, tanto nas perdas de pele causadas por trauma ou por úlceras crônicas. "É um curativo biocompatível que soma na nossa busca por um substituto de pele ideal", diz Cabral.

O curativo é colocado sobre a lesão após a limpeza. Ele gruda no local e, quando a pele nova cresce, cai como se fosse uma crosta. Tanto o banho de chuveiro quanto a exposição ao sol são liberados para os pacientes em tratamento.


Película protege sem abafar o ferimento.

Permeável a gases e impermeável a líquidos, a pele artificial forma uma barreira bacteriológica, deixando o ferimento respirar. Outra vantagem é a atenuação ou mesmo eliminação da dor. Segundo Cabral, o curativo reduz o tempo de tratamento e, com isso, diminui também o custo das internações de doentes com queimaduras e feridas crônicas.

Para conhecer melhor as propriedades desse material e descobrir novas formas de aplicá-lo, a Bionext fez parcerias com pesquisadores do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), da Universidade de São Paulo (USP).

A empresa e os pesquisadores passaram a estudar as características e a melhor maneira de aproveitar a celulose bacteriana, um produto já conhecido da ciência, porém muito pouco utilizado comercialmente.

Para captar melhor o oxigênio, a bactéria produz longas microfibras de celulose que se juntam na superfície de um meio líquido formando uma espécie de capa gelatinosa. Depois de retiradas desse meio, purificadas, secas e compactadas, essas microfibras transformam-se em finíssimas películas de celulose pura com potencial para uso em múltiplas aplicações.

O Dia, 23 de julho de 2004.

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