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NOVIDADES
Um nanotubo é um objeto tubular de dimensão nanométrica e comprimento micrométrico. Ao mesmo tempo cristal e molécula, o nanotubo é de uma simplicidade química e de uma singularidade estrutural únicas. Desde sua descoberta em 1991, os nanotubos vêm cada vez mais mobilizando pesquisadores em todo o mundo. Em dez anos as pesquisas alcançaram um desenvolvimento extraordinário. Aplicações de toda sorte estão sempre no alvo das pesquisas: em medicina, os nanotubos podem ser utilizados para o fabrico de eletrodos biocompatíveis; em química, para suporte de catalisadores; em engenharia, como moldes para produção de fios finos ou longos tubos minúsculos, etc. Contudo, fabricar um nanotubo não é tarefa das mais fáceis. Até o presente não se conta com procedimento simples e pouco oneroso para sintetizar esse tipo de estrutura. Em geral, os nanotubos são fabricados por crescimento químico em formas [moldes] de dimensões nanométricas. Os moldes são removidos por meio de tratamento térmico adequado que não deve danificar o nanotubo. Ignácio Gonzalez Loscertales e Antonio Barrero y Ripoll, dois engenheiros andaluzes, decidiram encarar a concepção de nanotubos sob um ângulo completamente diferente: ao invés de estudar o crescimento químico, concentraram-se sobre uma solução, apelando para a mecânica de fluidos. Dois líquidos muito pouco miscíveis são introduzidos em duas agulhas concêntricas. No interior da agulha circula um líquido volátil (água, óleo ou glicerina) e, no exterior, o líquido no qual irá se formar o nanotubo (precursores de silício, polianilina...). À saída das agulhas é aplicada uma tensão bastante importante que vai reduzir o diâmetro do jato na saída da agulha de 1000 a 10.000 vezes. Conforme a condutividade, a densidade dos líquidos e a tensão aplicada, o diâmetro e a espessura dos nanotubos podem ser controlados. Loscertales e Barrero conseguiram, por esse método, sintetizar nanotubos de 150 nanometros. Tal procedimento foi concebido em 2000. Em 2002, publicaram seus resultados na prestigiosa revista "Science". Aplicaram esse procedimento na criação de micro esferas. Recentemente o método aplicado aos nanotubos foi objeto de uma publicação na revista Journal of American Chemical Society. Os dois cientistas criaram uma empresa no Parque Tecnológico de Andaluzia, a Yflow, para explorar o resultado de suas pesquisas. El Pais, 09 junio, 2004. (Tradução - MIA) |
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