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NOVIDADES
A obesidade, ao que tudo indica, é um fantasma a tirar o sossego do homem moderno. A perda de peso corporal parece ser, em diversos países, o objetivo daqueles que experimentam a sensação desagradável - e nefasta à saúde -, de estar "vivenciando" um sobrepeso. Preocupados em livrar-se dos quilos em excesso, nem todos sabem, no entanto, que a perda de peso se faz acompanhar de uma severa mudança adaptativa do organismo, mormente na emissão do calor corporal. Trata-se de uma mudança passível de ser avaliada, medindo-se as diferenças que a mesma induz no metabolismo basal do paciente. Cientistas da Universidade de Laval, no Quebec, Canadá, em comunicação apresentada ao International Journal of Obesity, sublinharam o impacto da acumulação pelo organismo de poluentes organoclorados sobre o fenômeno de adaptação. Os pesquisadores canadenses, ao longo do estudo, mediram no antes e após o regime vários indicadores, dentre eles o peso a atividade metabólica do paciente. Os valores medidos para o metabolismo basal foram a seguir comparados àqueles calculados a partir de duas outras variáveis. Puderam então constatar que a redução da atividade metabólica observada era maior que a predita pelo método matemático. Puderam, além disso, demonstrar que a redução, maior que a prevista, estava, principalmente, ligada a concentrações sangüíneas elevadas em produtos organoclorados. Os resultados são sobremodo significativos e mostram, pela primeira vez, que os poluentes organoclorados contidos no organismo têm um impacto certo sobre o controle da termogênese em pacientes obesos que experimentaram perda significativa de peso. International Journal of Obesity, volume 28, número 7, pp. 936-939. (Tradução / Texto - MIA) |
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