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NOVIDADES
O equilíbrio entre ácidos e bases, o aporte energético, a respiração ou a produção de ácidos no estômago, etc., estão sob o "guarda-chuva" dos prótons, que desempenham um papel importante no corpo humano. Vários casos são citados nos quais os prótons praticamente "saltam" de uma molécula para a outra. Trata-se, na verdade, de um fenômeno bastante difícil de ser observado. Contudo, na Universidade de Berna (Suíça), o Professor Samuel Leutwyler, juntamente com seu grupo, logrou dar um passo decisivo. Os pesquisadores, graças a uma molécula modelo, feita sob medida, obtiveram um modelo reduzido, podendo assim observar diretamente o deslocamento de prótons. No interior desse modelo encontra-se um "esqueleto" ao qual são fixadas três moléculas de amônia, que comportam partes carregadas positiva e negativamente, podendo - graças às ligações hidrogênio -, interagir umas com as outras.Tais ligações formam um minúsculo fio, ao longo do qual os prótons podem se deslocar. Para que se dê o fenômeno, é necessário que um raio laser seja utilizado como fonte de excitação. Assim, o esqueleto libera um próton e um elétron sobre uma das extremidades do fio de amônia. Dessa forma, esses últimos saltam de uma molécula para a outra, deixando o fio na outra extremidade e juntando-se novamente ao esqueleto. O conjunto resultante torna-se fluorescente, indicando aos pesquisadores que o processo terminou. Tal sistema modelizado não parou por aí, permitindo que a equipe registrasse um tento ainda maior: até o momento, a transferência de prótons só fora estudada via simulação computacional e pouco observada em experiências. O professor Leutwyler pensa, doravante, em substituir a amônia por fios compostos de moléculas de água, uma vez que estas têm papel altamente significativo nos processos biológicos. Além disso, os pesquisadores interessam-se em saber qual deve ser o tamanho do agregado de moléculas para permitir o arranjo dos prótons, qual a velocidade desse processo e quais os fatores que complicam o deslocamento dos prótons. Horizon, Juin, 2004. (Tradução/Texto - MIA) |
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